O TSE – Tribunal Superior Eleitoral enfatiza a cada período de eleições o zelo do eleitor em consagrar de pleno direito o voto limpo. Jovens aprendizes, adultos trabalhadores e idosos respeitosos, já tem a consciência ampliada e o conceito correto de como fazer bom uso desse exercício de cidadania em pleno vigor da democracia em nosso país.
Nessa manhã de quinta-feira, 13 de setembro, apesar de não ser hábito, li em manchete de letras garrafais, no tablóide de maior circulação nacional, Super Notícia: “QUADRILHA DESVIA VERBA DE PRODUTORES. Ex-funcionários da Emater pediam verba em nome de agricultores e embolsavam o valor.”
Gouveia, pequeno município do Alto Jequitinhonha se transforma em notícia por todo o país devido a um dos envolvidos no golpe (conforme o texto do diário, de responsabilidade do jornalista Ricardo Vasconcelos), ser morador deste município, advogado e coordenador de campanha do atual prefeito. Cidadãos de bem, dignos e honestos, aos quais já destaquei como inúmeros, em nossa cidade, se sentem constrangidos em decorrência dos fatos relatados.
Não nos cabe, (mais uma vez repito) julgar terceiros cujos atos criminosos serão avaliados por tribunal competente. Segundo a matéria arrolada acima, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal denunciaram dois ex-funcionários da Emater, dentre eles o coordenador de campanha e advogado lotado na prefeitura municipal, por crimes contra administração pública e improbidade administrativa. No futuro político de Gouveia, nuvens densas de chumbo grosso nublam o belo horizonte, da nascente da Serra do Santo Antônio.
“Oh tempora, oh mores!”, herança enraizada, na memória de um ex-coroinha (quando eu ajudava o padre carmelita holandês, a rezar missa em latim!). Isso se traduz: Cada tempo sua moral. Isto, (da moral) e a noticia-bomba detonada nas cabeças pensantes gouveianas, me remetem a um texto de um passado recente que é de minha lavra, com metáforas (analogias) em profusão.
“...Por outro lado, as borboletas azuis que se multiplicam miríade na densa floresta Amazônica, reapareceram rarefeitas ainda, em meus projetos do amanhã. Movido pelo bío-combustível Esperança, sou determinado. O desafio me alimenta de energia. Acredito sinceramente nas minhas origens, o princípio: o amor que me alimentou a infância criou raízes em mim. Depois de sugado no peito da minha mãe, circula em minhas veias abertas. O DNA está contaminado até o fim dos meus dias, por esta fé positiva, feminina. Que não ceifa vidas masculinas e não castra o direito de ser pai. Como fé de amazonas legendárias perdidas no tempo!
Da mesma forma, qual o Castanheiro e a Samaúma, gigantes na exuberância da Amazônia, temos raízes, veias, capilaridades. São equivalentes aos pais, irmãos, descendentes. A parentela interligada, irrigando vida e retro- alimentando com amor o coração. Dessa maneira é que se deve ser. Sei que não é fácil. Amor é prática, é convivência, carinho, é atenção. Vamos agir então!
Além disso, nem só borboletas arco-íris, animais saltitantes, mitos e fábulas matizam a maior floresta. Insetos picantes, répteis, febres e delírios, contribuem com os tons mais escuros. Destarte, o irracional habitante silvestre, quando acuado, agride. Ataca para se defender. Como na mata, somos animais gregários. Os iguais se tocam, mas o meu ritmo é bem diferente. Um gambá cheira o outro e nem só de pão vive o homem. Quem quiser que me decifre, não pensem que vou devorar alguém.” Fernando Linhares, 13 de agosto de 2007
“Ofício do historiador é presentificar o passado. É uma construção que exige em sua arquitetura, a leitura com lentes do contemporâneo. Compreender as ações negativas e construtivas de uma comunidade, em um recorte qualquer, do empoeirado do tempo é fundamental para um projeto caminhar. Nas trilhas pioneiras abertas no pretérito se faz necessário agir assim, para avançar na pista de mão dupla do progresso socioambiental e empresarial.”
O parágrafo acima, ferramenta de meu ofício é uma exortação ao momento presente de nossa comunidade que se avizinha de importante pleito para eleição de um candidato a prefeito e nove novos vereadores. A CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, como se dispõe a fazê-lo em cada eleição, orienta o eleitor-cidadão, através da Cartilha 91, no sentido de decisão na escolha daquele, cujo perfil tem a densidade moral, ética e seja probo e honesto. Cabe a nós munícipes, o exercício desse direito constitucional: o voto.
A memória robusta de um ser que exercita seus neurônios dia-a-dia, me permite elencar fatos de nossa história que mudaram eleições já ganhas e na atualidade estão permitindo às pessoas lúcidas rever seus conceitos de políticos e magistrados. Vamos aos fatos: Mensalão x José Dirceu x Joaquim Barbosa. Bom lembrar que Joaquim Barbosa, juiz da Suprema Corte, era faxineiro no prédio do TSF, quando aos 16 anos foi surpreendido cantando em inglês uma canção enquanto limpava as latrinas dos magistrados. Registre-se que é mineiro, negro e de origem pobre. A sua estrela brilhou e perseverante chegou onde está, na mais alta instância, por mérito. José Dirceu, também advogado, ex-ministro e ex-deputado é o autor intelectual desse crime de lesa pátria, conforme o relator, o eminente Joaquim Barbosa. Nas devidas proporções considero o impacto destruidor do Mensalão, nos objetivos do PT, em nível nacional, similar ao que ora acontece, face as pretensões de segundo mandato do atual administrador, em nossa querida Gouveia. Espero que encontremos na Comarca, um juiz à altura da estatura do caráter do homem ético, Joaquim Barbosa. A meu ver admito vislumbrar em 2014, uma terceira via distinta de Lula e Dilma: o mineiro Joaquim Barbosa, “o cara”, negro, nos moldes de "Obama, made in USA". Viva a Democracia! Viva o povo brasileiro!
Em 1989, Lula se candidatou pela primeira vez à presidência. Collor de Mello, também nordestino, mas de origem oligárquica representava o modelo perfeito para determinada rede de televisão que alavancou sua campanha vitoriosa, além de fazer suspirar, entre caras e bocas, as mulheres brasileiras de todas as idades, por seu porte atlético e de apolíneo (referência a Apollo, deus grego da beleza física). Há poucos dias da eleição, no debate em cadeia nacional, Fernando Collor, escancarou a todos que Lula forçou o aborto de sua filha, nascida da relação com antiga namorada, Mírian Cordeiro. Foi como “TNT” implodindo as pretensões do candidato de esquerda, de língua presa e fala fácil. Sabemos que após quatro tentativas sagrou-se vencedor em dois pleitos. Mas aí são outros quinhentos..

“Diga-me com quem andas que direi quem és!” Os candidatos a cargos majoritários, na esfera municipal, prefeito devem ter o máximo de cautela na escolha de sua assessoria que se quer idônea, sob pena de macular de forma capital, o desenrolar de sua campanha. Refiro-me novamente a Cartilha da CNBB “Eleições 2012: Cidadania para a Democracia” que exalta o perfil do candidato fazendo o eleitor questionar o mesmo, com as perguntas: Ele é honesto? É trabalhador? Se homem, bom pai de família? Tem princípios? É digno? Tem ética? Sua ficha é limpa? E assim, se formata o bom perfil para a escolha definitiva na urna.
Por termos o privilégio de viver em comunidade pacata e ordeira, podemos (ainda há tempo) de delinear o melhor perfil entre os dois candidatos que postulam o cargo de gestor temporário por quatro anos de nosso município.
Por derradeiro, lembro-me de uma vivência feliz quando em viagem recente de estudos, estágio de gestor ambiental, no país vizinho, Peru. Conhecendo, convivendo e trabalhando em comunidade campesina aprendi simples três leis da Carta Magna do sábio Império Inca que vigiu naquela nação até a conquista espanhola que culminou com sua destruição. São essas as leis que não foram escritas, mas ficaram no coração de várias gerações sucessoras: Não mentir; Não roubar; Não ser preguiçoso. Pensar que nossa Constituição elencou mais de 5000 leis e mesmo assim, corruptos de colarinho branco continuam impunes. Resta afirmar que aquele povo sábio, (Inca) não permitia julgamento, quem incorresse nos três crimes era sumariamente morto sem direito a "habeas corpus" ou advogado, ex-ministro como defensor regiamente pago. “Oh tempora, oh mores" ...
"C'est fini,hasta manãna, piano, piano si vá a temprano."
by Fernando das Pedras, in September,13 de 2012
Sorry, but I must finished. Thank's, at tomorrow.
Cuzco, Maio 2012, Pedra das 12 famílias


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