quinta-feira, 25 de abril de 2013

NONÔ, O DIAMANTE BOSSA NOVA

MEMORIAL JK- DF. Museu contemporâneo, multi-mídia, arquivos de História, Política,Sociologia, vida e obra do tocador de sonhos e sua Brasília Encantada.
Aniversário de Brasília, nesse domingo , 21 de Abril.
"Hoje é festa, lá no apê", da Asa Norte, à Asa Sul, com direito a desfile no Eixo Monumental, da nossa Capital Federal. Rendo-me, à homenagem ao Nonô, o menino Juscelino, presidente Bossa Nova. Juscelino, estadista de renome internacional, imortalizado em nossa memória afetiva por seus feitos em benefício do nosso Brasil. Gouveia, cidade que escolhi viver, antes de sua emancipação pertencia a nossa co-irmã, antigo Tejuco. Portanto podemos comemorar juntos esta data, pois Diamantina , àrvore plantada no Barroco deu bom fruto, em campos de cerrado goiano: Nasceu Brasília, filha dileta desse "cara" Bossa Nova, menino seresteiro, um diamantino de suíngue e borogodó.
Como admirador confesso e estudioso da biografia deste eminente brasileiro, anexo o documento de minha lavra, na condição de historiador, a respeito de sua meta síntese: a construção de Brasília.
A despeito de ser recusado, seu arquivamento junto à Casa de Juscelino & Museu Histórico, sediado em Diamantina- MG, este documento, ora postado, encontra-se à disposição de pesquisadores e estudantes no Memorial JK, na Capital Federal.
Fernando Antônio Linhares de Araújo

Brasília se eterniza no brilho de um rio de águas diamantinas.
JK pereniza o sonho de Ícaro, alçando vôo sob asas da determinação.
O Homem é do tamanho de seu sonho

Nonô, o diamante Bossa Nova

JK, o motor de uma época. Sob nova direção o Brasil
acelerava rumo à democracia e ao progresso.


Mister sorriso, médico, pé de valsa e presidente Bossa Nova, o Nonô da Dona Júlia, o menino Juscelino. Ao fundo, a Casa de Juscelino, onde viveu aquele predestinado menino, Nonô, moleque de pé descalço, cidadão do mundo!  

SONHO, fonte de energia limpa, combustível renovável que alimenta de coragem, mente serena e o agir de coração tranquilo. ELE é a CATAPULTA que nos GERA ASAS pra voar...    


Com o frio subindo pelos pés descalços, na capistrana diamantina, o menino Juscelino era uma encruzilhada de forças inovadoras: espírito progressista, tenacidade, democracia, alegria, otimismo, vigor. Da união de contrários (Dona Júlia e João César) um amálgama em forma inteligente, um futuro presidente, de “borogodó”. Pé-de-valsa, artista do impossível, arquiteto do Brasil grande, pai da idéia da nova Brasilis, síntese da modernidade: plantar civilidade no planalto central. A capital com a transparência do diamante e a leveza de uma seresta, tão ao gosto de JK, numa alucinante gestação de 42 meses, desenhada na simplicidade do genial Niemeyer. Tudo em ritmo de Bossa-Nova, com pitadas de otimismo, um imenso canteiro de obras. Uma sinfonia da alvorada regida por um maestro idealista e sorridente, seu tema: quero ser grande e “libertas” ao “complexo de vira-latas”. Juscelino Kubitschek semeou no cerrado a modernidade ancorada na tradição. Afinal, seu DNA plugado na determinação e firmeza materna (do pai herdara o toque romântico) uniu-se ao sonho, onipresente na geografia sentimental de sua Diamantina, que se metamorfoseou na plástica Brasília. Seu design arrojado também espelha a fusão do Barroco com o contemporâneo.
 Vejamos: a catedral metropolitana, símbolo da hegemonia católica, contém traços externos de mãos concretas, unidas em oração. No interior, anjos barrocos suspensos e alados buscam os céus. Na rampa descendente que mergulha em sombra, traduz a simbologia do inferno, no caminho do fiel até a nave principal da Igreja. Sombra e luz, dor e paixão. Movimento cadenciado pelo barroco mineiro.
 
A catedral da hegemonia católica, nascida de ventre ateu, da pena arquiteta de um poeta concretista, comunista. Paradoxo contemporâneo de um tal de Oscar, jovem de 105 anos que há pouco se encantou.   
Mercado Velho, Diamantina MG. Fonte inspiradora para os arcos do Alvorada, de Niemeyer.
"Croquix", a bico de pena, do arquiteto Oscar, no esboço do perfil do Palácio Alvorada. Sua origem esta enraizada na arte mourisca da Casa da Intendência, atual Mercado Velho, no Tejuco, jóia do barroco, nossa pedra diamante do mais alto quilate. Qualidade Diamantina.
  No Palácio da Alvorada, um registro do Tejuco. Os arcos que o emolduram na modernidade, se sustentam na tradição mourisca do Velho Mercado. Oscar, em sua genial concretude, inverteu as aberturas e arqueou seus ângulos de curvatura descendente. Transmutados para a geometria concretista, de leitura vanguardista com os vértices apontando o infinito. Magia, sonho, arte, técnica, ousadia, arrojo. Um “caldo” contemporâneo temperado pela diversidade, na universalidade do patrimônio cultural que é Brasília. Seu “parto”, em ritmo de “frenetic dancing days” foi feito a “fórceps”. O presidente culminava o mandato, sua “filha” mais dileta, obra prima de seu desenvolvimentismo otimista tinha data certa para nascer: 21 de abril de 1960.
Sensualidade e simetria, curvas femininas e concretas, curvas do seio das montanhas de Minas, da sinuosidade dos rios, na criatividade da genialidade niemeyriana.


A tradição sustenta a modernidade. Um “caldo” contemporâneo temperado pela diversidade, na universalidade do patrimônio cultural que é Brasília. A fusão do barroco, imbricado nas curvas concretas de moderno design. Vejamos: a catedral metropolitana, símbolo da hegemonia católica, contém traços externos de mãos concretas, unidas em oração. No interior, anjos barrocos suspensos e alados buscam os céus. Na rampa descendente que mergulha em sombra, traduz a simbologia do inferno, no caminho do fiel até a nave principal da Igreja. Sombra e luz, dor e paixão. Movimento cadenciado pelo barroco mineiro. No Palácio da Alvorada, um registro do Tejuco. Os arcos que o emolduram na modernidade, se sustentam na tradição mourisca do Velho Mercado. Oscar, arquiteto, comunista e ateu, em sua genial concretude, inverteu as aberturas e arqueou seus ângulos de curvatura descendente. Transmutados para a geometria concretista de leitura vanguardista com os vértices apontando o infinito. Magia, sonho, arte, técnica, ousadia, arrojo.
 
Entre nuvens de fumaça de aviões de convidados e “fog” de poeira vermelha no eixão do Plano Piloto e a rodoviária. “Candangos” balançando bandeirolas verde e amarela, donas de casa, estudantes, populares. Um reboliço na cidade que encarnava o coroamento da ideologia da prosperidade do governo dos 50 anos em 5. Ali na rampa do Planalto, o carismático Nonô, em trajes de gala. Havia ganhado de brinde o benefício da vitória de “Pelé e Cia”, na fria Suécia com a taça Jules Rimet, Brasil, campeão do mundo (1958).
É oportuno que se afirme que nem tudo é camélia no caminho de pedra do menino diamantino. Sua imagem lendária de simpatia e sedução de homens e mulheres, na política, foi arranhada no campo econômico, pela espiral inflacionária incrementada por uma desatenção ao plano de estabilização monetária e à reforma cambial. No dizer de Roberto Campos, que enfatizou o entusiasmo juscelinista, somente ao Plano de Metas. Ocorre que este artigo se propõe a alinhavar uma leitura e compreensão apenas sobre sua Meta Síntese: a nova capital federal.
Todos em mutirão, brasileiros de norte a sul comendo poeira acomodada no chão pisoteado do Núcleo Bandeirantes ou da Taguatinga formada de tábuas, habitada por peões e candangos da recém inagurada- sede do Governo Federal. Transferida da beira-mar para a beira - Paranoá, uma epopéia cadenciada por um tocador de sonhos. Fez o país mudar sua identidade rural para urbana, com otimismo e determinação. Missão quase impossível, tirando das letras mortas da Carta Magna de 1891, a vida pujante de uma capital estratégica e segura no coração do Brasil.
Afirma Lúcio Costa, criador do Plano Piloto (pássaro ou avião, atravessado em seu peito o eixo monumental): A Novacap merece ser visitada para se sentir sua modernidade.


Foto: Entre nuvens de fumaça de aviões de convidados e “fog” de poeira vermelha no eixão do Plano Piloto e a rodoviária. “Candangos” balançando bandeirolas verde e amarela, donas de casa, estudantes, populares. Um reboliço na cidade que encarnava o coroamento da ideologia da prosperidade do governo dos 50 anos em 5. Ali na rampa do Planalto, o carismático Nonô em trajes de gala. Havia ganhado de brinde o benefício da vitória de “Pelé e Cia”, na fria Suécia com a taça Jules Rimet, Brasil, campeão do mundo (1958).
É oportuno que se afirme que nem tudo é camélia no caminho de pedra do menino diamantino. Sua imagem lendária de simpatia e sedução de homens e mulheres, na política, foi arranhada no campo econômico, pela espiral inflacionária incrementada por uma desatenção ao plano de estabilização monetária e à reforma cambial. No dizer de Roberto Campos, que enfatizou o entusiasmo juscelinista, somente ao Plano de Metas. Ocorre que este artigo se propõe a alinhavar uma leitura e compreensão apenas sobre sua Meta Síntese: a nova capital federal.
Todos em mutirão, brasileiros de norte a sul comendo poeira acomodada no chão pisoteado do Núcleo Bandeirantes ou da Taguatinga formada de tábuas, habitada por peões e candangos da recém inagurada- sede do Governo Federal. Transferida da beira-mar para a beira - Paranoá, uma epopéia cadenciada por um tocador de sonhos. Fez o país mudar sua identidade rural para urbana, com otimismo e determinação. Missão quase impossível, tirando das letras mortas da Carta Magna de 1891, a vida pujante de uma capital estratégica e segura no coração do Brasil.
Afirma Lúcio Costa, criador do Plano Piloto (pássaro ou avião, atravessado em seu peito o eixo monumental): A Novacap merece ser visitada para se sentir sua modernidade.


Sonhar é acordar-se pra dentro. JK e Lúcio Costa, em Abril de 1957. A tabuleta indica o caminho do meio, eixo monumental, no peito do pássaro ou avião. Cordão umbilical da Novacap, nascida em ninho de capim, solo de cerrado goiano, criando asas , fruto da fértil imaginação de seus pioneiros construtores.
Sonhar é acordar-se pra dentro. JK e Lúcio Costa, em Abril de 1957. A tabuleta indica o caminho do meio, eixo monumental, no peito do pássaro ou avião. Cordão umbilical da Novacap, nascida em ninho de capim, solo de cerrado goiano, criando asas , fruto da fértil imaginação de seus pioneiros construtores.
Os preceptores e precursores, em fértil diálogo, laborando o parto da "filha" dileta, a Brasília encantada. 
 
Juscelino, quando prefeito de Belo Horizonte (1940-1944), nomeado por Benedito Valadares, foi apelidado de Prefeito Furacão pela astúcia, dinâmica e determinação. Jovem, carismático, emergia do jaleco de médico, sua face política. Em carreira meteórica, acelerou fundo até a cadeira de presidente da República, conquistada nas urnas. No intervalo, foi sagrado governador por Minas.
Na capital das Alterosas, a obra de Oscar foi como um ensaio ou uma “fuga” sob sua batuta registrada com sua assinatura original na Casa do Baile, Museu de Artes, Iate Clube. Na Igrejinha de São Francisco a ousadia do gênio jovem e dos murais de Cândido Portinari causou querela com o bispo Dom Cabral, adiando por muitos anos a utilização daquele espaço como templo católico.
 
Foto: Juscelino, quando prefeito de Belo Horizonte (1940-1944), nomeado por Benedito Valadares, foi apelidado de Prefeito Furacão pela astúcia, dinâmica e determinação. Jovem, carismático, emergia do jaleco de médico, sua face política. Em carreira meteórica, acelerou fundo até a cadeira de presidente da República, conquistada nas urnas. No intervalo, foi sagrado governador por Minas.
Na capital das Alterosas, a obra de Oscar foi como um ensaio ou uma “fuga” sob sua batuta registrada com sua assinatura original na Casa do Baile, Museu de Artes, Iate Clube. Na Igrejinha de São Francisco a ousadia do gênio jovem e dos murais de Cândido Portinari causou querela com o bispo Dom Cabral, adiando por muitos anos a utilização daquele espaço como templo católico.



As montanhas de Minas guarnecendo a natureza, franciscamente simples de um Cândido Portinari.No espelho d'água da Pampulha, qual cisne alçando seu primeiro vôo, a obra de Oscar foi como um ensaio ou uma “fuga” sob sua batuta registrada.
As montanhas de Minas guarnecendo a natureza, franciscanamente simples, de um Cândido Portinari.No espelho d'água da Pampulha, qual cisne alçando seu primeiro vôo, a partitura de Oscar foi como um ensaio, ou  “fuga” , sob sua batuta registrada.
 
 Gosto muito de Rosa (Guimarães), e sua neo-arquitetura das palavras, inventando algumas, repaginando outras. Acredito que JK fez o mesmo ao construir a concreta poesia das formas na sua Brasília “encantada,” povoada de sonho e magia.
 
Foto: Gosto muito de Rosa (Guimarães), e sua neo-arquitetura das palavras, inventando algumas, repaginando outras. Acredito que JK fez o mesmo ao construir a concreta poesia das formas na sua Brasília “encantada,” povoada de sonho e magia.

Pode me chamar de utopia brasiliana,agora cinquentona: BRASÍLIA, prazer em conhecer, cidade monumento mundial da humanidade.
Transferida da beira-mar para a beira - Paranoá, uma epopéia cadenciada por um tocador de sonhos, o menino diamantino, o Nonô de dona Júlia, pequeno grande homem...
"Pode me chamar. pode me chamar ,  meu sinhô". De utopia brasiliana,agora cinquentona:  Meu nome é BRASÍLIA, prazer em conhecer, cidade monumento mundial da humanidade.
Transferida da beira-mar para a beira - Paranoá, uma epopéia cadenciada por um tocador de sonhos, o menino diamantino, o Nonô de dona Júlia, pequeno grande homem...

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