Aline,
o projeto precisou ser “emagrecido” a pedido do
tutor que alegou literatura em demasia e farta poesia.Curioso que a ênfase interdisciplinar e a
transversalidade da ciência ambiental é uma constante na “fala” do corpo docente da academia que
sou aprendiz.O mesmo tutor não aludiu ao imbricamento histórico pontuado no
texto, de um regionalismo rico e singular.
Faz- me lembrar mestres não cartesianos,como Piaget **
e sua construção do desenvolvimento através de atitudes desafiadoras e o uso da
imaginação e criatividade.Assim como, Vygostky que afirmava ser o
desenvolvimento do indivíduo,uma resultante do
processo sócio-histórico.Desta forma ,o conhecimento se adiciona pela interação do ser humano com o
meio.Pra mim, fica fica claro que o saber vivencial, o saber popular tem sua
valia neste contexto.
** Para muitos contemporãneos na atualidade, Jean
Piaget era pedagogo devido sua grande contribuição na área
educacional.Formou-se em Biologia, como você e depois doutorou-se em psicologia
e etc.
Quando eu crescer quero ser um menino brilhante
igual a ele...
COOPITA – UM
CONCEITO
Laborando a pedra - Construindo o Homem
Projeto de Economia e Responsabilidade
Socioambiental
1) Os alunos responsáveis pela
elaboração do projeto são:
Fernando Antônio Linhares de Araújo ead - 00486135
Maria Ideania de Souza ead - 00486143
Pólo de Diamantina – MG
2 ) Somente os alunos acima compõem o
grupo
3 ) Capa com identificação,anexa
4 ) Empresa
responsável
Com a
aprovação do gestor municipal de Diamantina, a COOPITA - Cooperativa dos
Extratores de Pedra da Serra do Espinhaço Ltda. CNPJ-08147812/0001-76 será a
instituição responsável pelo projeto de recuperação do calçamento na cidade. O
“laboratório” experimental será implantado, como oficina a céu aberto no
tradicional Beco do Mota, reduto da antiga boemia diamantinense e hoje,
efervescente “point” turístico da Diamantina tão musical.
A Coopita
extrai e beneficia a pedra quartzito, também conhecida como mineira, ou São
Tomé. Na sua fundação, vinte e três associados compunham a cooperativa. Atualmente,
três sócios trabalham na área de beneficiamento, no setor urbano de Gouveia, os
demais se concentram na jazida.
5)
Projeto
no entorno da jazida.
No momento, está se iniciando um
projeto de inserção social das mães e jovens da comunidade do Engenho, em
Gouveia, no sentido de incremento da renda familiar através de artesanato com
rejeito de pedra, confeccionando casinhas, porta papéis, modelos de fachadas de
prédios históricos de Diamantina, que podem ser vendidos em lojas daquela
cidade próxima. Outro segmento é o início da educação ambiental e plantio de
mudas nativas do bioma do cerrado, para auxiliar na recuperação de áreas.
Principalmente no entorno do Engenho, devido ao abandono à própria sorte, da
extração de quartzo (insumo catalisador, na metalurgia de ferro ligas), em grau
de degradação gravíssimo (Campanha, “Eu abracei o Matão”), além das voçorocas
(buraco grande, em tupi-guarani) que são inúmeras, na nossa região.
Projeto em Diamantina
O calçamento
de ruas com as pedras quartzito, além de alavancar ganhos às famílias
envolvidas com a atividade extrativa, permite a adição de renda àqueles
trabalhadores no assentamento do piso. Nosso projeto prevê a criação de uma
escola de calceteiros, sob a tutela do IPHAN-Superintendência de Diamantina,
devido ao interesse desta instituição no resgate de profissões desprestigiadas
e abandonadas. O conceito de patrimônio cultural imaterial abarca esta ação
social.
Conforme
citação no item 4, iniciaremos o
calçamento pelas duas ruas em forma de cruz que no passado era a zona boêmia e
conservou o piso pé de moleque.Neste caso, a restauração preservará as
características de dois séculos de história e “causos”.
6) Beneficiários
Unindo linearmente as duas pontas: (extração)
e a execução (revitalização do “pé de moleque” do Beco), possibilidades emergem
de fluxo crescente de absorção de mão de obra sem inserção social, agregando
renda às famílias. Isto se explica porque no lastro da licitação de calçamento
solicitada pela prefeitura daquela cidade, a demanda exige a efetivação de
novas turmas na jazida para extração e selecionamento qualitativo da pedra a
ser usada no piso. Significa contratar, sob leis estatutárias do
cooperativismo, cerca de vinte homens adicionais, somente na raiz (pedreira).
Idem, quanto ao serviço de calceteria (ramificação) que não prescinde de pelo
menos seis operários para cada rua, além do mestre de ofício.
Consequentemente
a empresa (Coopita) se fortalece e beneficia o sócio que contribui com seu
trabalho e obtém a sobra (lucro) repartida a todos em proporção ao esforço
individual. O comércio das duas cidades recebe sua quota devido ao fluxo de
renda daquela fonte.
7) Financiamento
PAC - Patrimonial
A prefeitura
de Diamantina, devido a condição de patrimônio cultural da humanidade, tem
dotação orçamentária através do convênio do Ministério da Cultura denominado,
PAC - Patrimonial.
No início, o
projeto de revitalização do Beco do Mota, abrange uma área de 756 metros quadrados
em toda a sua extensão.O custo desta obra está orçado em R$ 48,00 o metro
quadrado.Portanto, o montante de R$ 36.288,00 que inclui a matéria prima, a mão
de obra, fretes, areia e cimento.
8) Análise de custo e benefício
A ACB é uma
ferramenta econômica que permite comparar o investimento e o retorno após a
aplicação de estratégias de políticas alternativas em função de valores monetários.
Cabe ao gestor, sempre pautado nos três pilares da sustentabilidade, a tomada
de decisões.
Na origem da
extração, o benefício será distribuído por toda a comunidade ( campanha- eu
abracei o Matão). As mulheres agregarão renda á sua família com o artesanato de
rejeito da pedra. Os homens que serão admitidos na pedreira, também terão
ganhos que atualmente está em torno de R$1.200,00.
Na rua
inicial em Diamantina, além dos calceteiros e beneficiários, serão contemplados
os estabelecimentos ligados ao turismo com a presença de visitantes em número
cada vez mais ampliado.
Com certeza,
entendemos que a cooperativa em parceria com a prefeitura e o IPHAN, ganhará
conceito e solidificará sua imagem perante a comunidade (rural e urbana). Sendo
assim, vale instalar o projeto econômico
com responsabilidade social.
9) Responsabilidade administrativa
A cooperativa, por ser participativa tem no seu quadro social o conjunto que exerce as funções de responsabilidade,
cada qual no seu setor.Evidente que a diretoria administra as ações junto à
sociedade, à clientela, etc.
10) Divulgação
O rádio ainda
é o veículo mais importante da mídia local ( comunidade do interior).A cidade e
a zona rural são alcançadas a um custo baixo e eficaz.
11) Importância e finalidade
Esse projeto
que não é obra de ficção e caminha a passos largos para se encontrar com a
realidade, reveste-se de importância social, devido ao grau de pertencimento às
comunidades que serve,como também a
sinergia desafiadora de revitalização do ator social mais relevante, o ser
humano. Pode ser aproveitado em diversas cidades desta Minas que são Gerais. Importantes
sítios, patrimônios histórico e cultural que no passado recente ou tardio,
cobriram suas ruas com calçamento de pedras. Quando aplicarem, através da sua administração,
essa ferramenta-conceito que se apóia no equilíbrio econômico e socioambiental,
estarão exercitando seu papel de gestores nas questões que envolvem a sociedade,
promovendo o resgate da dignidade e da cidadania, à força do trabalho, na
construção do homem.
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