sexta-feira, 2 de novembro de 2012

COOPITA - UM PARADIGMA DA INSERÇÃO SOCIAL



Aline,
o projeto precisou ser “emagrecido” a pedido do tutor que alegou literatura em demasia e farta poesia.Curioso que  a ênfase interdisciplinar e a transversalidade da ciência ambiental é uma constante  na “fala” do corpo docente da academia que sou aprendiz.O mesmo tutor não aludiu ao imbricamento histórico pontuado no texto, de um regionalismo rico e singular.

Faz- me lembrar mestres não cartesianos,como Piaget ** e sua construção do desenvolvimento através de atitudes desafiadoras e o uso da imaginação e criatividade.Assim como, Vygostky que afirmava ser o desenvolvimento do indivíduo,uma resultante do  processo sócio-histórico.Desta forma ,o conhecimento  se adiciona pela interação do ser humano com o meio.Pra mim, fica fica claro que o saber vivencial, o saber popular tem sua valia neste contexto.

** Para muitos contemporãneos na atualidade, Jean Piaget era pedagogo devido sua grande contribuição na área educacional.Formou-se em Biologia, como você e depois doutorou-se em psicologia e etc.
Quando eu crescer quero ser um menino brilhante igual a ele...


                                COOPITA – UM CONCEITO

Laborando a pedra - Construindo o Homem

Projeto de Economia e Responsabilidade Socioambiental




1) Os alunos responsáveis pela elaboração do projeto são:
 
     Fernando Antônio Linhares de Araújo    ead - 00486135
     Maria Ideania de Souza                             ead - 00486143
     Pólo de Diamantina – MG

2 ) Somente os alunos acima compõem o grupo

3 ) Capa  com identificação,anexa

4 ) Empresa responsável

Com a aprovação do gestor municipal de Diamantina, a COOPITA - Cooperativa dos Extratores de Pedra da Serra do Espinhaço Ltda. CNPJ-08147812/0001-76 será a instituição responsável pelo projeto de recuperação do calçamento na cidade. O “laboratório” experimental será implantado, como oficina a céu aberto no tradicional Beco do Mota, reduto da antiga boemia diamantinense e hoje, efervescente “point” turístico da Diamantina tão musical.
A Coopita extrai e beneficia a pedra quartzito, também conhecida como mineira, ou São Tomé. Na sua fundação, vinte e três associados compunham a cooperativa. Atualmente, três sócios trabalham na área de beneficiamento, no setor urbano de Gouveia, os demais se concentram na jazida.

5) Projeto no entorno da jazida.
No momento, está se iniciando um projeto de inserção social das mães e jovens da comunidade do Engenho, em Gouveia, no sentido de incremento da renda familiar através de artesanato com rejeito de pedra, confeccionando casinhas, porta papéis, modelos de fachadas de prédios históricos de Diamantina, que podem ser vendidos em lojas daquela cidade próxima. Outro segmento é o início da educação ambiental e plantio de mudas nativas do bioma do cerrado, para auxiliar na recuperação de áreas. Principalmente no entorno do Engenho, devido ao abandono à própria sorte, da extração de quartzo (insumo catalisador, na metalurgia de ferro ligas), em grau de degradação gravíssimo (Campanha, “Eu abracei o Matão”), além das voçorocas (buraco grande, em tupi-guarani) que são inúmeras, na nossa região.
   Projeto em Diamantina

O calçamento de ruas com as pedras quartzito, além de alavancar ganhos às famílias envolvidas com a atividade extrativa, permite a adição de renda àqueles trabalhadores no assentamento do piso. Nosso projeto prevê a criação de uma escola de calceteiros, sob a tutela do IPHAN-Superintendência de Diamantina, devido ao interesse desta instituição no resgate de profissões desprestigiadas e abandonadas. O conceito de patrimônio cultural imaterial abarca esta ação social.
Conforme citação no item 4, iniciaremos o calçamento pelas duas ruas em forma de cruz que no passado era a zona boêmia e conservou o piso pé de moleque.Neste caso, a restauração preservará as características de dois séculos de história e “causos”.

6) Beneficiários

 Unindo linearmente as duas pontas: (extração) e a execução (revitalização do “pé de moleque” do Beco), possibilidades emergem de fluxo crescente de absorção de mão de obra sem inserção social, agregando renda às famílias. Isto se explica porque no lastro da licitação de calçamento solicitada pela prefeitura daquela cidade, a demanda exige a efetivação de novas turmas na jazida para extração e selecionamento qualitativo da pedra a ser usada no piso. Significa contratar, sob leis estatutárias do cooperativismo, cerca de vinte homens adicionais, somente na raiz (pedreira). Idem, quanto ao serviço de calceteria (ramificação) que não prescinde de pelo menos seis operários para cada rua, além do mestre de ofício.
Consequentemente a empresa (Coopita) se fortalece e beneficia o sócio que contribui com seu trabalho e obtém a sobra (lucro) repartida a todos em proporção ao esforço individual. O comércio das duas cidades recebe sua quota devido ao fluxo de renda daquela fonte.

7) Financiamento

    PAC - Patrimonial

A prefeitura de Diamantina, devido a condição de patrimônio cultural da humanidade, tem dotação orçamentária através do convênio do Ministério da Cultura denominado, PAC - Patrimonial.
No início, o projeto de revitalização do Beco do Mota, abrange uma área de 756 metros quadrados em toda a sua extensão.O custo desta obra está orçado em R$ 48,00 o metro quadrado.Portanto, o montante de R$ 36.288,00 que inclui a matéria prima, a mão de obra, fretes, areia e cimento.

8) Análise de custo e benefício

A ACB é uma ferramenta econômica que permite comparar o investimento e o retorno após a aplicação de estratégias de políticas alternativas em função de valores monetários. Cabe ao gestor, sempre pautado nos três pilares da sustentabilidade, a tomada de decisões.
Na origem da extração, o benefício será distribuído por toda a comunidade ( campanha- eu abracei o Matão). As mulheres agregarão renda á sua família com o artesanato de rejeito da pedra. Os homens que serão admitidos na pedreira, também terão ganhos que atualmente está em torno de R$1.200,00.
Na rua inicial em Diamantina, além dos calceteiros e beneficiários, serão contemplados os estabelecimentos ligados ao turismo com a presença de visitantes em número cada vez mais ampliado.
Com certeza, entendemos que a cooperativa em parceria com a prefeitura e o IPHAN, ganhará conceito e solidificará sua imagem perante a comunidade (rural e urbana). Sendo assim, vale instalar o projeto econômico  com responsabilidade social.

9) Responsabilidade administrativa

  A cooperativa, por ser participativa  tem no seu quadro social o conjunto  que exerce as funções de responsabilidade, cada qual no seu setor.Evidente que a diretoria administra as ações junto à sociedade, à clientela, etc.








10) Divulgação

O rádio ainda é o veículo mais importante da mídia local ( comunidade do interior).A cidade e a zona rural são alcançadas a um custo baixo e eficaz.

11) Importância e finalidade

Esse projeto que não é obra de ficção e caminha a passos largos para se encontrar com a realidade, reveste-se de importância social, devido ao grau de pertencimento às comunidades que serve,como também  a sinergia desafiadora de revitalização do ator social mais relevante, o ser humano. Pode ser aproveitado em diversas cidades desta Minas que são Gerais. Importantes sítios, patrimônios histórico e cultural que no passado recente ou tardio, cobriram suas ruas com calçamento de pedras. Quando aplicarem, através da sua administração, essa ferramenta-conceito que se apóia no equilíbrio econômico e socioambiental, estarão exercitando seu papel de gestores nas questões que envolvem a sociedade, promovendo o resgate da dignidade e da cidadania, à força do trabalho, na construção do homem.



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