Coisas
de Irmãos. Questões Humanas.
Titunico foi o primeiro hippie que aportou na minha
praia. Muito antes que as ondas Californianas soprassem para todos, paz e amor,
ao invés de guerra que felizmente nunca chegou.
Eu era criança, mas ele me impressionava. Era um
cara alegre sem ser gay. Tocava e cantava todas; as músicas e as mulheres. Após
insistente demanda dos irmãos, a bem da moral e dos bons costumes, acabou
oficializando a união com a viúva Corina. Saltava o córrego no baixio da
estrada. Pulava a cerca. Deitava com ela. Refestelado na cama larga, bimbava a
morena viúva. Transformando em cinzas, a brasa da fogosa Corina.
Acabou! Melhor, começou o pior dos martírios: viver
junto para um boêmio é uma merda!
Como
pássaro engaiolado e sem amor, liberdade de asas cortadas, comida controlada e
só em casa. Canto
triste!Iniciou sua cruzada aos mouros e aos manos estimulada pelo excesso no
álcool, alimentação insuficiente, noites insones, gritos pela madrugada,
discussões até o sol poente: - você é um preguiçoso – palavrões! Sua filha da
puta! Cadela no cio! – Puta que pariu capeta, demônio!De ambos os lados da
batalha verbal, um lar desmoronando, decepções!Ainda tinha o Marquinho, qual
sarna, andava às turras com o Toniquim. Filho único da viúva gostava de dizer
palavras sem nexo e tocar com seus dedos, o sexo. Na simplicidade de um menino
descalço, apreciava a amizade de todos. Seria hoje o que chamamos deficiente.
Felizmente o preconceito vem minimizado a cada geração. Hoje ser diferente é
normal, haja vista a Síndrome de Down.
Por
onde anda o Marquim e seu pinto atormentado?
O Tonico era homem de sete ofícios, assim como o
primeiro irmão. Realino. DNA de talentos induz desperdícios. Lembremos do
pródigo filho. Barbeiro, consertador de panelas, músico, reparava relógios,
fazia instrumentos, até violino. Compunha músicas, marchas, trotes. Assim no
cavalo. Elegante, gravata borboleta, chapéu Panamá. Flor na lapela, passo ritmado,
à casa da donzela, que “pircisava namorá”! Bons tempos, antes de se envolver na
viuvez de Corina!Bigode à Lá Ceceu, o poeta dos escravos, que muito jovem
morreu.
Tunico perdeu a mãe bem cedo. Bem jovem desatou o
liame da vida. Para resolver as coisas, uns optam pelo crescimento, pela união.
Outros optam pela alienação. Vivia no mundo da lua. Encharcado de cana, no meio
da rua. Meio doido, meio repentista. Meio homem, meio artista. Não gostava mais
de trabalho. Também pudera, seu ofício era beber todas!
Coisas de irmãos. Questões humanas.
Seu soldo foi a morte. Fim de quem ama. E de quem
insiste em viver sem querer amar. Um câncer brabo o levou. Daqui prum lugar,
talvez de melhor sorte. Fui buscá-lo, frio, inerte, pelado, junto com o
Zeroberto. Nosso segundo irmão, da medicina ainda aprendiz. A geladeira do
necrotério já guardava aquele presunto para uso dos pupilos de anatomia. Anos à
frente, tive um toque de sensibilidade ao conhecer a estátua da Pietá, no
Vaticano. O pano que cobria o Messias no colo de sua mãe, feito por
Michelangelo em puro
Carrara, lembrava a mortalha que eu vira (sob estado de
choque) embrulhando o corpo do Antônio Isaias, filho de Augusta e Luiz. Barba
tosada e o cabelo já mais ralo, aparado.
Fomos espertos, eu e Bebeto. Demos o calote na taxa
de defunto indigente; ou seja: a retenção incontinente. Toma aqui procês! Decidiu
com uma “banana”, o irmão de jaleco. Prá nós o tio continuava gente. Precisava
ser enterrado o mais urgente, em sua Moeda. As duas faces da cidade. Vida, no
forte alarido de minha infância. Morte, bebida na boca da garrafa. “Mardita”
cachaça! Paixão intensa que muitos Tunicos, além da moeda, o vento levou.
Quando furtamos seu corpo, já era noite. O relógio
na Alameda do Ezequiel bateu qual sino, 12 badaladas. Antes quero relatar meu
insólito intento, movido pela emoção paguei com cheque sem fundo a compra do
seu modesto caixão. É um pequeno delito, mas causou grande fuzuê. Senhores “advoccatos”,
vamos aos fatos: Tonzinho nosso primeiro sobrinho, era moleque de 10 anos.
Perguntaram a ele o que queria ser, quando enfim crescer. Esperto, de olhos
ágeis, lascou: - Quero ser igual ao tio, en... rolado!O tio aí sou este aqui,
Fernando que á época estudava para ser en... genheiro.(não tem graça nenhuma!)
Coisas de irmãos. Questões humanas.
...Atravessa a alameda em cortejo mortuário, a
funerária Ford, preta. Um negão, de branco só o dos olhos, era seu lúgubre
motorista. O carro de funeral parado no vermelho do sinal. Eu, Bebeto e o
soturno chofer, entre as sombras da noite.O caixão na traseira completava o
tétrico cenário.Um pedestre assustado, de olhos arregalados, arrependido quem sabe,
por estar ali, no lugar errado, na hora errada. Sai, qual animal estropiado,
correndo no escuro, ao som das 12 badaladas. Sai também uma gargalhada,
espremida entre o ranger dos meus dentes e o medo que senti ao ver o Titunico nu,
enrolado em uma simples mortalha e que acabara de morrer.
Quando vivo era uma festa!Isto quando a manguaça não
o deixava aporrinhando as pessoas, do lado de fora da venda do “Sêo” Divino. No
meio da rua, no mundo da lua.Fazia repente, tocava viola.Quando vestia a
alegria, dois caninos de puro ouro emolduravam sua risada tão gostosa.Tuniquim
gostava de falar de si na terceira pessoa. Tipo jogador de futebol “vesprando”
pra fama. Sensível “chorava” para essa criança, seu peito doído. Eu escutava
calado, seu pranto de irmão incompreendido. Diz o cantor, Zé Ramalho em “chão
de giz”: Freud explica!Se grila não, tio hippie, Freud também teve sua
depressão. Explica como, se é o pai da psicanálise? Ouso dizer que é questão
humana. Sigmund, não carece esquecer que é um da espécie...
Enquanto cruzava a onda revés que seu passo guiou, e
o mar encapelado em que sua vida se transformou o caminho certo para seu porto
seguro, era Marina, sua primeira cunhada. Comadre, por sua segunda filha.
Amiga, paciente sempre. Mãe presente. Ausência da genitora Augusta que o caçula
perdeu infante?Abrandava a secura do primeiro irmão, como brisa suave ao beijar
a praia, docemente lhe falava: - Realino tenha calma com o Tunico!Com uma
“ursa” tratada á folha do bálsamo, nossa mãe foi fonte de alívio para muitos!
Coisa de irmão. Questão humana.
Menino de olhos atentos arquivou a leitura em um “zoom”
de memória boa. Herança de Dona Marina!?Agora recorda muitos momentos que o
Tuniquim se aninhou nas asas da comadre. Às vezes, escutava o carrilhão
holandês desfiando as horas, em sua toada de sinos, na igreja do Carmo. Melodia
harmoniosa para quem tocava de ouvido. O menino se lembra ainda da igreja em construção. Sua
mãe benemérita fez muita doação. Aos 53 anos se aposentou, o presente de 800 funcionários
se transformou em piso e belo mármore, da que é hoje catedral. Pouco antes de
fazer a grande viagem, já incomodava o nariz do padre por sua incontinência
urinária. Mais adiante, sofria calada ao assistir a missa pela TV (já não mais
caminhava). Hóstia consagrada? Mistérios da Eucaristia? Quem diria, a
hipocrisia tomou conta do templo e nenhum ministro entregou a comunhão em suas
mãos. Falta de tempo deles. Faltou vergonha neles. Devota dedicada esperou
sentada a morte chegar. Mulher abnegada, nunca reclamou. Sua fé em Deus, sempre
foi maior que as picuinhas de uma igreja menor.
Meu pai era perfeccionista, tímido, introvertido,
moralista. O irmão Antônio, relaxado, devasso, extroverso, passional. Perfeição
passa nem perto. Por que será que meu pai não se dá com Tunico?Será o zelo às
suas três Marias?O olhar da criança captura o mundo, nesse segundo.
Parecia um ninho de guaxe, a cabeleira do Antônio
Isaias era algo bizarro. Ficava como furdunço, misturando pedaço de folha seca
agregado a pequenos galhos. Picumã de fios enegrecidos na fuligem, do tempo deitado
na porta da venda ou á beira poeirenta da estrada, das Águas Vermelhas. Haja
memória!Debaixo de seu velho chapéu de palha, se equilibrava firme sobre sua
cabeça inteligente, uma arquitetura surrealista. Anarquista, anacrônico,
ultrapassado e futurista. O melhor retrato 3x4 deste original Titunico!
O corpo fedido, morrinha rançosa, reclamava do prazo
de validade do banho vencido. Haja nariz!A barba não tinha jeito! Despontada,
desgrenhada, suja. Gotejava e cheirava á pinga!Era querido por todos os seus vizinhos.
Muitos amigos, etílicos ou não!Apesar de tudo isto e ao mesmo tempo, eu menino
ainda, o admirava!Dizem que foi o mais formoso dos irmãos. Olha que nosso pai
Realino, era um belo mancebo! As fotos comprovam.
O perfeccionismo e o zelo do meu pai chegaram ao
ponto que foi o próprio quem instruiu nossa primeira irmã quanto á sua menarca,
o uso e a esterilização de toalhinhas higiênicas. Precursoras dos absorventes
menstruais, o Modess da menina moça dos anos 60. A primogênita cuidou de
orientar as demais sobre as suas transformações sexuais. Veja só! Cada um á sua
moda, era macho sensível e avançado para a época. O difícil era um aceitar o
outro, na excentricidade.
Coisa de irmão. Questão humana.
Meu pai dizia (aprendera talvez com vô Luiz): Os
dedos da mão não são igual. Natural,
mesmo pra quem enxerga como criança. Somente agora pai, consigo compreender os
filhos. Cada um é único em suas peculiaridades. E importante: não são nossos,
vem de nós!
Vim como uma onda, da Savassi. Aportei nesse mar de
pedra. Praia seca em campo cerrado. Movimento anti-horário ao marcado pelos
três filhos, que o tempo e o bom vento levou deste interior para uma faculdade
de qualidade. DNA de alta inteligência indica competência. Mas cuidado com as
voltas que a vida dá! Na capital, cursando a UFMG, engendrei planos.
Decapitaram!Na roça, venho como pedreiro, engenhando. Meu engenho não mói cana.
Tritura a minha paciência. Mói minha pouca grana. E me dá esperança.Ah! Ah! Ah!
Rindo da própria dor. Experiência!Ainda bem que rima com amor. Os próximos anos
desejo prosperidade. Os vinte e cinco que passaram, lavaram também as mágoas.
Não todas é claro! Maior foi a dificuldade, porém treinou minha tenacidade.
Coisa de irmão. Questão humana.
Ao que abre trilhas, onde um dia serão estradas
pavimentadas, tem que haver desprendimento, para aceitar que suas balizas serão
alteradas. Humildade suficiente para entender que há gente que lhe passa à
frente, sem respeitar os princípios, pois a eles os meios justificam os fins. Dignidade
para estender a mão solidária àqueles que, qual espinho, espetam palavras
ácidas.
Sou pioneiro em algumas coisas.
Aqui precursor das pedras do caminho. Acolá, no seio
familiar, o primeiro e único empreendedor. Antes se dizia comerciante. Da
família de oito irmãos, seis públicos e notórios funcionários. Herança de Dona
Marina!?Exceto o Zeroberto, médico, sou é certo, (excluo meu coração, morada do
sentimento) pedra em toda extensão da minha pele; como revestimento. Lito
escudo do engenheiro, na sua metamorfose a pedreiro. Solução inteligente na
adaptação ao novo mundo. Colombo não nos ensinou isto, dando volta ao
contrário?
Foi
persistente e chegou à vitória. Eu também quero lá chegar. Aqui lapido o meu
viver. Bebendo na fonte de sabedoria do matuto inteligente. Aprendo com gente
simples o que preciso, para deixar no meio da estrada, a casca de orgulho e
vaidade, que por algum tempo preservei como castidade.
Largar
de ser o “Bicho Grilo”.
Nesta caminhada aqui na Terra, restaurando veredas
antigas, por que não com as pedras angulares que são minha defesa e meu
alicerce? Possa Deus me permitir, ao visitar o passado, extrair com cuidado,
frutos de boa semente, neste aprendizado que não é intermitente. Sem vacilo ou remorso,
lembrar eu posso, aos irmãos e amigos que aqui insisto, em lhes esperar. Um até
breve gouveiano, após 25 anos. Depois de um abraço apertado, um aperto de mão, um
sorriso. Muita água e mágoa vão correr por baixo da ponte de amor que já
iniciamos a construir em nós.Lutar contra a ditadura interna dos preconceitos,
pois diante da escuridão dos outros, ao invés de lamentarmos é melhor acender
uma vela. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá.Respirar estes ares, gostar
destes lugares, praticar o verbo amar.Sei que como eu, vão gostar. Importa
querer. E vir!Aqui o tempo é mais devagar. Cabe ainda uma conversa amistosa,
temperada com um bom café.
Vivo
em estado de sítio há muitos anos. Mas relaxado e descontraído. Sem relógio,
sem grilo, sem celular.
Vivo
sitiado pela natureza das pedras, que com paciência vêm me ensinando a andar
com mais vagar. Digerindo mais, meus conflitos e divagando menos em meus
escritos.
Coisa de irmão. Questão humana.
Não soube ganhar e guardar dinheiro, ainda. Soube
sim decidir e arriscar.
Não
me arrependo do que fiz, sim do que deixei sem fazer. Mas já me encontrei com a
felicidade. Breves momentos é verdade. Mas infinito igual eternizou Vinícius de
Moraes. Aqui mais um recado. Não se preocupem princesas, divas, potestades.
Riqueza é tudo de bom! Mas vale mais a prosperidade. Atentem: Esta filosofia é
amante da verdade!
Algumas pessoas auxilio, não com dinheiro, sim ao
trabalho. Resgatando cidadania, auto-estima, dignidade. Herança de dona
Marina!?Conquistei alguns amigos, servi à comunidade. Chegamos à cooperativa. Não
só o falar é atividade. Agora sei que se fortalece o trabalho do indivíduo, no
trabalho de todos.Ganhos coletivos geram maiores ganhos individuais. Este é um
princípio norteador da economia solidária; que disputa os meios de produção com
o sistema capitalista.
Veja
quem e de onde estou falando. Até ontem eu era empresário, patrão, antagonista.
Hoje é minha idéia que precede o advento de um novo tempo e um novo pacto
social. Numa região estigmatizada por relações servis degradantes e mesmo de
escravização no passado colonial. Hoje vivo esta realidade. Ontem guardada em
meus sonhos. Quem sonha com amor, o universo conspira a favor.
Coisa de irmão. Questão humana.
Sou como uma fênix, que de suas cinzas emerge. Assim
como o Titanic sem iceberg na calha, não submerge. Sou como o Titunico, sou
alegre, cara!Quando a tristeza não me encharca, vivo! Vivo no mundo da lua...
Meio doido, meio repentista. Meio homem, meio artista. Viva. Viva a nossa
história!
Vivam sempre em nossa memória, os homens e as
mulheres que nos são referenciais. De uma singular maneira conseguiram
impressionar nossos sentidos. De uma forma pioneira, nos permitiu confiar nas
cores que tingiram de alegria as nossas vidas. De um jeito precursor, balizaram
nosso norte, com bons exemplos, com harmonia, com amor.
Coisas de Irmãos. Questões Humanas.
Adendo
Não se trata aqui de um memorialista que através de
uma fissura no passado, intenta remexer contendas ancestrais. Aprendi que isto
me acrescenta nada. Simplesmente venho acurando que a humanidade evolui sim, ciclicamente.
Como há tempo, para o bem querer de estudar comportamentos, venho percebendo
que as histórias se repetem em novas parcerias, mesmo em diferentes etnias.
O núcleo central é sempre a família. Drama,
tragédia, comédia, somos artistas no palco da vida, na mente de cada um de nós.
Ficar na platéia é cômodo, mas estagna. É como água, que sem cinese, putrefa.
Para
ser líder de grupos é necessário ser líder de si mesmo. Ser o ator principal no
teatro da própria vida.
Conforme
o livro que ganhei do primeiro irmão, Luiz, não há lembrança simplesmente e sim
recordação do passado. Que nada mais é que uma reconstrução daquele tempo,
gerando mecanismos de ultrapassagem das metas. Foi assim que a civilização
humana evoluiu. Pela reconstrução inconsciente do passado. É assim que tenho
agido instintivamente na minha superação. Quantas vezes já me senti o cocô do
cavalo do bandido!
Que
bom ter amigos, que bom ler um bom livro. Ótimo, sobrepujar conceitos. “Sábio é
o ser humano que tem coragem para reconhecer seus erros e fracassos e
utilizá-los para crescer e se fortalecer.” (Cury Augusto- Revolucione sua
qualidade de vida pág. 110. cit.)
Existiu um pintor do gênio de Michelangelo, o também
italiano Caravaggio; que ao pintar retratos de pessoas, entre o claro e o
escuro, entre a luz e a sombra construiu obras exponenciais que só foram
validadas tarde por demais. Sofreu críticas, perseguições, até mesmo da
Inquisição: ousou usar como modelo, o povo, a massa servil, para rosto de
Jesus, de sua mãe e outros ícones da hegemônica Igreja Católica. Por ser também
gênio, mesmo usando a face de uma prostituta para representar Maria, aprendeu o
jogo da vida e fez eclodir seus múltiplos talentos; dando as costas para a ortodoxia.
O Antônio Isaías não conseguiu fazer esta brincadeira...
Sufocou sua criança, nas armadilhas da vida bandida. Talento e inteligência lhe
cabiam bem. Faltou um Mecenas quem sabe, um sopro de carinho para um menino
grande, talvez. Não soube criar poesia no caos. Ele que era o bom de repente!
Se não aprendermos a enfatizar as qualidades dos
seres humanos que relacionamos, enxergar estas virtudes com o coração, a
simbiose desenvolvida, é símile a uma necrose, em todo o tecido social.
Começando pela célula familiar.Acredito que ainda hoje temos outros Tunicos
clonados como amigos, vizinhos, parentes.
Portanto,
todo cuidado é pouco. E atenção: Mais Tunicos se dissiparão na poeira de sua
estrutura desabada.
Menos
conseguirão reescrever a própria história e navegar nas águas da emoção. Precisamos
rever conceitos e mudar paradigmas para ampliar a visão de mundo, visão do
outro.
Cascata de palavras é cinética de jazida estéril. E
potencial, suficiente para fazer lume a um pirilampo. Sei bem disso. Não possui
a força d’água, que bate e fura a rocha, dura como é. Disso também entendo.
Continuo
insistindo no exemplo. Que é a melhor ferramenta pedagógica para nossos jovens,
nossos filhos.Contém um grama de exemplo, mais validade que uma resma de
palavras.
Pode parecer estranho um autodidata transmitir aos
doutores, (de uma maneira corajosa, reflexiva e respeitosa) o que acreditam ser
de sua exclusiva competência. O diploma registrado (mesmo que seja somente para
graduar na escala pública) é sua garantia e alheamento.
Conheço um cara de muita luz. Passou por aqui
falando assim, fazendo assim. Até conversou com os doutores, da lei. Em nenhuma
escola de diplomou. Seu nome é Jesus. Seu sobrenome é Amor. Sofrer pelo
passado, como já foi dito é desnecessário. O Mestre superou o sofrimento, como
exemplo, no terceiro dia ressuscitou. Levantou, sacudiu a poeira e deu a volta
por cima.
Espero que neste ano, ainda criança, e nos próximos,
possamos caminhar juntos rumo certo a felicidade, prosperidade e amor.
Coisas de Irmãos. Questões Humanas
Faladaspedras,
Janeiro de 2005. Kobuburgo
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