SINCRONICIDADE ENTRE UM PEREGRINO E EU PORQUE DEUS ME OUVIU
Sabe, paciente leitor, aquela dor de alma que penetra como chuvinha renitente com sua umidade de lágrima de saudade e entristece o coração da gente? Não sei o quê de saudade, a corroer a fibra que me faz vencer a tormenta da depressão. Invasiva, corrosiva, quer rasgar minha bandeira, verde esperança, desfraldada ao sabor do vento que me liberta de sua química algema. Lema que peguei emprestado, à Petrobras – o desafio é a minha energia. Não nego que fiquei meio "down".
Sabia, ledor atento que há nesse planeta azul, cada vez mais água, menos chão, muito além de duzentos milhões de cabisbaixos e ciclotímicos terráqueos, vacilantes e submissos, à evolução de uma doença comportamental percebida na Grécia antiga (por Hipócrates), porém não resolvida mesmo na sociedade “avant gard” do primeiro mundo? No contemporâneo, após sucessivas mutações de “apelido”, título outorgado, pela racionalidade médica alopática, a medicina titular do Brasil. Ainda confusa e difusa no diagnóstico, no encontrar sua raiz e no erradicar esse mal. Dita patologia, ostentava o pomposo “nombre”; era bipolaridade, bem recente. Novamente mutante, o troca - troca, verbete esquizofrênico, reacende na insegurança e registra : Transtorno bipolar de humor.
Cruzes!..."Nuestra Madre! BIPOLARIDADE! Me recuerda, la Guerra Fria, (EE.UU. X URSS) que casi termina el mundo (sic), sobre los cielos de Cuba, entre los misiles que se lanzará en Estados Unidos y el plano U-2 derribado en la Habana (1961)... Afortunadamente, no pasó nada, a pesar de que Kennedy y Fidel permaneció en represalia feroz".
Estou triste sim, de saudade de minha raiz de afeto, meu chão. Fraternal e distante meninice. Somos 8 irmãos! Infinitas possibilidades de amor ao próximo, mais próximo. Porém dois sócios em empreitada funesta, o tempo e a distância madrasta, isto decidiram abortar.
Envergonho não, lhe afirmo, face-amigo – senti ímpeto de digitar o número do telefone de minha mãe. Ouvir sua voz, sentada na velha poltrona. Perna estirada sobre tamborete, brigando com os personagens do mal, vibrando com a mocinha do bem, ao assistir a novela predileta – um de seus poucos entretenimentos, impedida de caminhar. Sei que este cenário foi desmanchado. Outras páginas da vida perderam seu pé-de-vento. Como folhas secas lançadas ao chão, rompeu-se o liame da realidade assim como o da ficção. Acontece que não existe mais, la "vecchia mama", Marina. O pai nosso, Realino, virou menino e qual passarinho voou... Habita no esconderijo do Altíssimo, descansa à sua Sombra, livre do laço do passarinheiro.
E as tardes de domingo, se encontrando os filhos a conversar? Os plantões espontâneos e diários, oportunidade rara de fraternidade e solidariedade que nutriu mais os corações irmãos, , aos dos próprios pais – às vezes, doença prolongada é fio que conduz a energia do amor entre os iguais.
O fio se partiu. O tempo só fez aumentar a distância pro desejo alcançar a felicidade. Agora me pergunto: será preciso uma doença grave dentre os irmãos sanguíneos, para restabelecer o fio de união – a saúde afetiva de todos? Reconheço as necessidades próprias de cada filho e de cada família derivada do casal ancestral. Os diversos afazeres de responsabilidade no trabalho e também lazer. Em não havendo um propósito firme e comum, seremos mais um grupo familiar entre milhares desta grande cidade. Vala rasteira de neuras, medos, segredos e pior: UM DESBARATADO AMOR.
À que isto leva, além de agradáveis e caras viagens ao interior das Minas que são muitas, ou mesmo no "estranja" seja ele , "Oropa, França & Bahia"? Continuaremos estagnados – água empoçada na plataforma da periferia de nós mesmos. O egoísmo tão impregnado nas pessoas é como ICEBERG que se quer introduzir em um copo D'ÁGUA: implode o conteúdo pela sua massa e por sua FRIEZA expansora.
Exagero à parte, aprendi algo na estreiteza da vida de bolso vazio e/ou furado, desse longo e demorado, últimos tempos – a amizade fica sendo a única fonte de ânimo entre os humanos.
E aí então, quando aquela dor de alma se tornou mais pungente – pontiagudo pensamento reincidente espicaçando a sensibilidade esgarçada pela saudade de mim mesmo: eis que me vem a visitar onde moro, insulado entre montanhas, um conhecido do passado.
De passagem resolveu me reencontrar. Um buraco negro de quinze anos condensou a distância. Agora um defronte ao outro. Felizes olhos, um par de brilho. Seu sorriso denuncia a alegria vazando de um coração sincero. Confesso que não o reconheci de chofre! A poeira temporal ofuscou meu olhar cansado – cílio molhado? Garanti ser cisco na visão. Nem mais nos vimos neste remoinho de anos, tampouco falamos! Além de grisalho, eu dez quilos mais pesado. Ele eliminou vinte. Sua estatura mediana. Mas o coração, "chagásico" de gordo afeto!
Estava longe daqui, disse que relembrou mais uma vez de mim. Isto era ontem. Hoje aqui está. Como bom velejador soube traduzir a brisa – quem sabe um passarinho lhe contou – da dor que remoía meu peito. Vento brando, sutil e ligeiro, o fez refazer sua rota para me rever a tempo. Firme no leme, ancorou seu barco neste mar de pedra que escolhi viver e com sua mão simples de artesão –VEIO FAZER "DOCE DE PALAVRA AMIGA". Quer uma colherada desta coisa deliciosa, estimado leitor? Na toada de sua delicadeza, cativante peregrino, percebi o quão a amizade é um santo remédio.
Falou-me de Jesus( outro conhecido comum) – que ainda me espera de braços abertos. Sua casa humilde como ele. Terreiro de chão batido no ritmo dos tambores de raiz d’África. Velho, pobre, Jesus é dedicado rei do congado. Da mesma forma o carpinteiro Maurício. Éramos unidos trabalhando num mesmo ofício. De pau e pedra. Móveis e utensílios, artesanato da cidade, cuja lagoa é prata, nessa nossa gorda e nariguda Minas Gerais (Abarca uma França e todos seus queijos, dentro dela!). Claro! aprendi que é OURO, este sentimento cada vez mais raro! Como metal nobre conduz e reflete a luz do SOL. LUZ, da vida, da alegria, do abraço apertado, do sorriso. Reconforta de energia nossa alma doída.
A presença de Samuel. É este o nome do peregrino, em minha morada (ele em corpo e alma amiga) – ausência do laço de sangue mas com o mesmo fio de união que conduz a energia do amor entre os iguais. Para algumas famílias se puíu, em outras perdura, inda mais.
Agradeço a Deus por essa visita – ÂNIMA de vida a quem padecia de BANZO! Agradeço a você, Samuel. Por sua ação de fraternidade, retransmitindo-me, o MEU BEM QUERER. Não por coincidência nem casualidade, seu nome significa em hebraico – DEUS ME OUVIU!
Agradeço a todos que investiram seu ser, seu precioso tempo e se ocuparam em ler, essa minha fala cerzida afetivamente entre ponto e vírgula.
Em especial dedico essa sentimental reflexão, aos seres que doei meu sêmem, pra se tornarem gente. Se transmutaram filhos, metamorfose de dia amantes brutos; bons frutos de árvore boa! Eu os nominei, Rafael, Mariana, Danniel. Mesmo não sendo muçulmano, é meu Ramadã sagrado, desde o alvorecer, até o fim dos meus dias, caminhante nesse chão. Eu, faladaspedras, simples profano.
Fecho essa sessão nostalgia, com duas sensíveis "cantigas d'amigo" que sopram brisa renovadora e restauradora à minh'alma fresca e barroca!
Hahaha...
www.youtube.com/watch?v=irX0angKWag
https://www.youtube.com/watch?v=qj6n4r_aQ4U - 157k Não se esqueça de mim/Nana Caymmi e Erasmo Carlos
Sabe, paciente leitor, aquela dor de alma que penetra como chuvinha renitente com sua umidade de lágrima de saudade e entristece o coração da gente? Não sei o quê de saudade, a corroer a fibra que me faz vencer a tormenta da depressão. Invasiva, corrosiva, quer rasgar minha bandeira, verde esperança, desfraldada ao sabor do vento que me liberta de sua química algema. Lema que peguei emprestado, à Petrobras – o desafio é a minha energia. Não nego que fiquei meio "down".
Sabia, ledor atento que há nesse planeta azul, cada vez mais água, menos chão, muito além de duzentos milhões de cabisbaixos e ciclotímicos terráqueos, vacilantes e submissos, à evolução de uma doença comportamental percebida na Grécia antiga (por Hipócrates), porém não resolvida mesmo na sociedade “avant gard” do primeiro mundo? No contemporâneo, após sucessivas mutações de “apelido”, título outorgado, pela racionalidade médica alopática, a medicina titular do Brasil. Ainda confusa e difusa no diagnóstico, no encontrar sua raiz e no erradicar esse mal. Dita patologia, ostentava o pomposo “nombre”; era bipolaridade, bem recente. Novamente mutante, o troca - troca, verbete esquizofrênico, reacende na insegurança e registra : Transtorno bipolar de humor.
Cruzes!..."Nuestra Madre! BIPOLARIDADE! Me recuerda, la Guerra Fria, (EE.UU. X URSS) que casi termina el mundo (sic), sobre los cielos de Cuba, entre los misiles que se lanzará en Estados Unidos y el plano U-2 derribado en la Habana (1961)... Afortunadamente, no pasó nada, a pesar de que Kennedy y Fidel permaneció en represalia feroz".
Estou triste sim, de saudade de minha raiz de afeto, meu chão. Fraternal e distante meninice. Somos 8 irmãos! Infinitas possibilidades de amor ao próximo, mais próximo. Porém dois sócios em empreitada funesta, o tempo e a distância madrasta, isto decidiram abortar.
Envergonho não, lhe afirmo, face-amigo – senti ímpeto de digitar o número do telefone de minha mãe. Ouvir sua voz, sentada na velha poltrona. Perna estirada sobre tamborete, brigando com os personagens do mal, vibrando com a mocinha do bem, ao assistir a novela predileta – um de seus poucos entretenimentos, impedida de caminhar. Sei que este cenário foi desmanchado. Outras páginas da vida perderam seu pé-de-vento. Como folhas secas lançadas ao chão, rompeu-se o liame da realidade assim como o da ficção. Acontece que não existe mais, la "vecchia mama", Marina. O pai nosso, Realino, virou menino e qual passarinho voou... Habita no esconderijo do Altíssimo, descansa à sua Sombra, livre do laço do passarinheiro.
E as tardes de domingo, se encontrando os filhos a conversar? Os plantões espontâneos e diários, oportunidade rara de fraternidade e solidariedade que nutriu mais os corações irmãos, , aos dos próprios pais – às vezes, doença prolongada é fio que conduz a energia do amor entre os iguais.
O fio se partiu. O tempo só fez aumentar a distância pro desejo alcançar a felicidade. Agora me pergunto: será preciso uma doença grave dentre os irmãos sanguíneos, para restabelecer o fio de união – a saúde afetiva de todos? Reconheço as necessidades próprias de cada filho e de cada família derivada do casal ancestral. Os diversos afazeres de responsabilidade no trabalho e também lazer. Em não havendo um propósito firme e comum, seremos mais um grupo familiar entre milhares desta grande cidade. Vala rasteira de neuras, medos, segredos e pior: UM DESBARATADO AMOR.
À que isto leva, além de agradáveis e caras viagens ao interior das Minas que são muitas, ou mesmo no "estranja" seja ele , "Oropa, França & Bahia"? Continuaremos estagnados – água empoçada na plataforma da periferia de nós mesmos. O egoísmo tão impregnado nas pessoas é como ICEBERG que se quer introduzir em um copo D'ÁGUA: implode o conteúdo pela sua massa e por sua FRIEZA expansora.
Exagero à parte, aprendi algo na estreiteza da vida de bolso vazio e/ou furado, desse longo e demorado, últimos tempos – a amizade fica sendo a única fonte de ânimo entre os humanos.
E aí então, quando aquela dor de alma se tornou mais pungente – pontiagudo pensamento reincidente espicaçando a sensibilidade esgarçada pela saudade de mim mesmo: eis que me vem a visitar onde moro, insulado entre montanhas, um conhecido do passado.
De passagem resolveu me reencontrar. Um buraco negro de quinze anos condensou a distância. Agora um defronte ao outro. Felizes olhos, um par de brilho. Seu sorriso denuncia a alegria vazando de um coração sincero. Confesso que não o reconheci de chofre! A poeira temporal ofuscou meu olhar cansado – cílio molhado? Garanti ser cisco na visão. Nem mais nos vimos neste remoinho de anos, tampouco falamos! Além de grisalho, eu dez quilos mais pesado. Ele eliminou vinte. Sua estatura mediana. Mas o coração, "chagásico" de gordo afeto!
Estava longe daqui, disse que relembrou mais uma vez de mim. Isto era ontem. Hoje aqui está. Como bom velejador soube traduzir a brisa – quem sabe um passarinho lhe contou – da dor que remoía meu peito. Vento brando, sutil e ligeiro, o fez refazer sua rota para me rever a tempo. Firme no leme, ancorou seu barco neste mar de pedra que escolhi viver e com sua mão simples de artesão –VEIO FAZER "DOCE DE PALAVRA AMIGA". Quer uma colherada desta coisa deliciosa, estimado leitor? Na toada de sua delicadeza, cativante peregrino, percebi o quão a amizade é um santo remédio.
Falou-me de Jesus( outro conhecido comum) – que ainda me espera de braços abertos. Sua casa humilde como ele. Terreiro de chão batido no ritmo dos tambores de raiz d’África. Velho, pobre, Jesus é dedicado rei do congado. Da mesma forma o carpinteiro Maurício. Éramos unidos trabalhando num mesmo ofício. De pau e pedra. Móveis e utensílios, artesanato da cidade, cuja lagoa é prata, nessa nossa gorda e nariguda Minas Gerais (Abarca uma França e todos seus queijos, dentro dela!). Claro! aprendi que é OURO, este sentimento cada vez mais raro! Como metal nobre conduz e reflete a luz do SOL. LUZ, da vida, da alegria, do abraço apertado, do sorriso. Reconforta de energia nossa alma doída.
A presença de Samuel. É este o nome do peregrino, em minha morada (ele em corpo e alma amiga) – ausência do laço de sangue mas com o mesmo fio de união que conduz a energia do amor entre os iguais. Para algumas famílias se puíu, em outras perdura, inda mais.
Agradeço a Deus por essa visita – ÂNIMA de vida a quem padecia de BANZO! Agradeço a você, Samuel. Por sua ação de fraternidade, retransmitindo-me, o MEU BEM QUERER. Não por coincidência nem casualidade, seu nome significa em hebraico – DEUS ME OUVIU!
Agradeço a todos que investiram seu ser, seu precioso tempo e se ocuparam em ler, essa minha fala cerzida afetivamente entre ponto e vírgula.
Em especial dedico essa sentimental reflexão, aos seres que doei meu sêmem, pra se tornarem gente. Se transmutaram filhos, metamorfose de dia amantes brutos; bons frutos de árvore boa! Eu os nominei, Rafael, Mariana, Danniel. Mesmo não sendo muçulmano, é meu Ramadã sagrado, desde o alvorecer, até o fim dos meus dias, caminhante nesse chão. Eu, faladaspedras, simples profano.
Fecho essa sessão nostalgia, com duas sensíveis "cantigas d'amigo" que sopram brisa renovadora e restauradora à minh'alma fresca e barroca!
Hahaha...
www.youtube.com/watch?v=irX0angKWag
https://www.youtube.com/watch?v=qj6n4r_aQ4U - 157k Não se esqueça de mim/Nana Caymmi e Erasmo Carlos
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