Sonhar é acordar-se para dentro.
Uma amiga, nessa manhã de Páscoa, me fez renascer em
sentimento paterno.
Sabe Fernando, eu olhando as fotos que você tirou com seus
filhos e os vendo, os três, aí em sua casa, chego a ficar emocionada com a tua
realização paterna... Quantas vezes você sonhou com isso, né? Quantas vezes,
você passou feriados, dia dos pais, natais, sonhando com esse momento rico...
Que sensação prazerosa é te ver feliz... Curta bem esses momentos e os deixe
gravados na memória da tua emoção, na tua motivação de vida, no teu agregar, na
sua realização paterna, na sua plantação diária de razões para prosseguir
PLENO, se sentindo agradecido ao Senhor pela posse dos teus direitos emocionais
revividos e readquiridos prá sempre ao lado deles.
Tô muito feliz por você. Beijo e lindo restante de feriado. Aproveita esse restinho e respingue felicidade nesse Face book, prá gente... Feliz por te ver FELIZ!
Tô muito feliz por você. Beijo e lindo restante de feriado. Aproveita esse restinho e respingue felicidade nesse Face book, prá gente... Feliz por te ver FELIZ!
Sabe amiga, sensível e sábia, eu olhando as palavras
que você tirou de dentro do seu coração terno, eu chego a ficar emocionado...
Tantas vezes sonhei com esse momento rico... Que sensação prazerosa é me ver
feliz... Curtindo este momento lindo.
São tantas as emoções, são
tantas já vividas, são momentos que eu não me esqueci. Detalhes de uma vida,
histórias que eu já te contei aqui.
Sábia amiga sensível, sabe, você me levou nos braços dessa
amizade sincera, pra um lugar todinho meu, aonde meu pensamento, de asas
abertas, com força e coragem, águia dourada, vem voando perto de Deus. Rumo à
Paz que sei ser dentro de mim.
Águia me mostra no meu caminho
Como se pousa longe do espinho
Como se luta por esse mundo
Como se salva esse ninho
Como se pousa longe do espinho
Como se luta por esse mundo
Como se salva esse ninho
E assim... Com a natureza sempre ao meu lado, olhando o céu pude ver que
o vento sopra e a chuva cai, as nuvens passam. E que, além do horizonte, no
renascer de todas as manhãs bem-vindas, o sol sai, em eterno reciclar de vida.
Sabe amiga, eu aprendi na lida que, o homem (e a mulher) é do tamanho do
seu sonho. Esse Fernando em pessoa admira e respeita Fernando Pessoa que, ainda
nos ensina: “Segue teu caminho, rega suas plantas, ama tuas rosas o resto é
sombra de árvores alheias”.
Sensação prazerosa percorre meu ser. A memória afetiva clareia a
lembrança de um momento singular, do encontro marcado desse fernando sabido e seus três diamantes...Encontrados entre as pedras
brutas do caminho que escolhi trilhar, aqui nesse lugar auspicioso, onde a
natureza fez cenário emoldurado por lençóis de montanhas, águas vertentes,
verde das matas. E o canto matutino da sábia sabiá que, em toda primavera
recicla vida, salva seu ninho, entre galhos da jabuticabeira plantada por essas
mãos paternas.
Da lavra desse mesmo ser, registrei esse momento
lindo. Tantas emoções, já vividas que eu não me
esqueci, detalhes de uma vida, história que eu conto aqui e agora.
Gratidão a você, por suas palavras
nascidas do ventre da alma, onde habita o amor. Declaração, de mãos sinceras,
oriunda desse seu ser que ama o Criador. Deus te abençoe, beijo.
Vamos então, de mãos entrelaçadas, a
uma das mais belas histórias que meu coração concebeu.
UM CONTO DE REIS
Na história
bíblica, os magos astrônomos vieram até Belém, visitar Um Recém Nascido,
montados em ondas sinuosas nas corcovas de camelos e guiados pela luz de uma
estrela Unigênita. Investiram doze dias, saindo de um ponto no mapa africano
conhecido como Congo. Partiram em direção ao Menino Rei, que sabiam, acabara de
nascer. Uma aventura digna de um Indiana Jones. Dormiam e descansavam de dia,
sob o sol escaldante do Saara. À noite, viajavam sob luz clara, quando a lua os
visitava e também aquela Luz que passou a se chamar Jesus,há muito anunciado. O
destino traçado em suas cartas de navegadores exímios, nas dunas do deserto,
foi finalmente alcançado.
Dia seis de
janeiro é o marco da homenagem dos magos ao Filho de Deus. Trouxeram presentes
de grande significado para a humanidade, a reverência àquela Criança Galante. A
presença do Amor na Terra, o Verbo se fez Carne e Habitou entre nós, cuja data
de nascimento para os cristãos é de vinte e cinco de Dezembro, do primeiro ano
de uma nova era.
Nesse Natal, no
caminho das pedras que resolvi trilhar e viver a vida que me traz felicidade, o
inusitado aconteceu. Três importantes personagens vieram, de também longe,
visitar um recém chegado à maturidade, um rei sem reinado e sem coroa. (Duplo
sentido positivo, registre-se). De montaria folgada pra todos, um só corcel,
negro. Olhos bem claros, quatro patas velozes e redondas, carro ágil. Um
Peugeot com a força de leão que transporta mitsu bishi. (três diamantes, pra
mim, eternos).
Chegaram à mesma
luz do dia que partiram de um ponto no mapa das Minas Gerais, conhecido como
Belô. Não precisaram de computador de bordo e nem GPS, para traçar a rota da
aventura de volta às origens. Tempos modernos, rapidez e tecnologia, alguns
anos, pós Chaplin e sua magia. Carlitos, adorável vagabundo, encantava o mundo
com sua luz na ribalta. Mesmo quando não se ouvia o que se passava, pois era
mudo o cinema daquela etapa. Investiram parcas horas, depois que partiram em
direção ao homem que deu ser à trinca de reis, insigne ficantes nessa gleba.
Plantou a semente em fecunda terra, tanto que germinou. O presente apresenta a
leitura da boa árvore que produz bons frutos e não abrolhos. Deixa exposta a
felicidade da raiz que fica melhor quanto mais envelhece. Trouxeram as
presenças que iluminaram a alma do rei sem coroa, o véio, de coração de
criança. Sensível, sentiu o verdadeiro espírito de Natal, penetrar em si, como
toque de sinos, barroco, a contradição dos presentes imateriais. Música em tom
de amor, afeto e carinho, invadiu o peito e os domínios, daquele que balizou
limites e com exemplos, mostrou atitudes a serem perseveradas. Uma lágrima
alegre escondeu-se em si mesmo, emocionado com o resultado da semeadura
daquelas três infâncias que o tempo e os bons ventos souberam transformar, no
aqui e agora, esse Natal, num oásis. Um hiato de luz e paz, consoante
espiritual, amálgama de afeto, bálsamo de carinho, ponte de amor. Alquimia mais
que correta, para aliviar a travessia do deserto que a vida me levou a
enfrentar, quando desmoronou nosso lar. Um muro nasceu construído qual
solitária para que sem escolha, usasse-a como abrigo.
Filhos, fiz e
farei mais isso,toda vez que meu coração quiser falar com Deus e quem eu achar
que mereça me inspirar.Agradeço a vocês pela presença, como trama indelével e
imprescindível costurada no enredo de meu peito, por três fios fortes,
brilhantes e valentes.Quando estiverem lá longe,na rotina da vida embrulhada na
cortina de fumaça da metrópole, lembrem-se do que sempre digo, que sou próspero
sem ser rico. Sou feliz, pois tenho o tesouro da juventude em mim. Pude perceber, na
boa ventura de acalentar em minhas mãos, os mais belos diamantes que já vi, uma
nonada de meu próprio brilho. Vocês são a ramada, a resposta pro futuro, do
liame, do radical da minha história. Meu ramadã sagrado que percorre todo o
ciclo, entre o alvorecer e o por do sol da minha existência de profano. Sem o
jejum e o jeito de ser muçulmano.
Humano algum
consegue avaliar tão rico patrimônio. Maior que mil, melhor que um milhão de
vezes um conto de réis, dinheiro graúdo no tempo em que o vô Realino,
andava de calças curtas,menino miúdo,na sua
Moeda. Mais tarde, encontrou na Capital, o cabedal. Sua bela, cara e coroa,
jóia rara, Marina.
Esse
condão de escrever permite que eu faço um conto de reis, da narrativa da visita
especial dos três em minha morada, entre as pedras, é meu caminho. Fez lembrar
o tempo de semear, bem longe, plantado em minha memória. É uma história que
contém o resgate da amizade, do respeito, da humildade. Valores carentes em
diversas famílias, esquecidas que o Natal é para ser vivenciado todo os dias,
pois que simboliza a presença do Menino Deus dentro de nós.
Filhos, faço e farei esse desabafo,
toda vez que eu quero esse diálogo cara a cara,
ou, tête-à-tête.(como era gostoso o meu
francês). Ao mais velho, já residente médico, às vezes céptico, digo que não há
mistério. Fica um derradeiro registro que essa produção não é em série, não se
trata de um prêt-à-porter, pronto pra usar. Ledo engano, tem corte especial,
caimento justo, modelado para encaixe perfeito em coração valente, sensível e
simples.
Esse terno de reis
que foge ao estilo tradicional,é sob a risca de giz de minha própria tarimba de
artesão aprendiz da vida..Qual magma em cordel determinado e resistente,a
palavra lava o solo da alma de um pai que ama e não se envergonha de abrir ala
pra sua folia.
Esse mimo que fiz
com um punhado de letras, cerzidas em ponto e vírgula, é um ofício prazeroso de
agulha unindo a linha. Pelas mãos do mesmo artesão que soube reconhecer
brilhantes onde dantes existiam pedras brutas que o mestre tempo lapidou. Carícia singela quais as palmas que ofertei à
única filha. É uma prenda, uma dádiva, como quando nos permitimos apreciar os
lírios do campo, simples em seus trajes de gala, recheados de flores claras,
doados pela mãe natureza. Nem o sábio Salomão e de tamanha riqueza, alcançou
vestes tão belas.
É preciso amor de
qualquer jeito, numa esquina de Belém ou Beagá. Com rima ou sem, eu preciso
amar. A merecida recompensa vem como herança àquele que pratica atos que um dia
o levarão a habitar o reino dos céus.
Agradeço a Deus
pela benesse dos dons que me há emprestado, em especial o de ser pai, de
Rafael, Mariana e Danniel. Pá e lavra, revelação do meu Ra Ma Dã.
Faladaspedras
25/12/2009
Gouveia
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