domingo, 31 de março de 2013

UM CONTO DE REIS, À MINHA MODA...



Sonhar é acordar-se para dentro.


Uma amiga, nessa manhã de Páscoa, me fez renascer em sentimento paterno.




Sabe Fernando, eu olhando as fotos que você tirou com seus filhos e os vendo, os três, aí em sua casa, chego a ficar emocionada com a tua realização paterna... Quantas vezes você sonhou com isso, né? Quantas vezes, você passou feriados, dia dos pais, natais, sonhando com esse momento rico... Que sensação prazerosa é te ver feliz... Curta bem esses momentos e os deixe gravados na memória da tua emoção, na tua motivação de vida, no teu agregar, na sua realização paterna, na sua plantação diária de razões para prosseguir PLENO, se sentindo agradecido ao Senhor pela posse dos teus direitos emocionais revividos e readquiridos prá sempre ao lado deles.
Tô muito feliz por você. Beijo e lindo restante de feriado. Aproveita esse restinho e respingue felicidade nesse Face book, prá gente... Feliz por te ver FELIZ!



Sabe amiga, sensível e sábia, eu olhando as palavras que você tirou de dentro do seu coração terno, eu chego a ficar emocionado... Tantas vezes sonhei com esse momento rico... Que sensação prazerosa é me ver feliz... Curtindo este momento lindo.
São tantas as emoções, são tantas já vividas, são momentos que eu não me esqueci. Detalhes de uma vida, histórias que eu já te contei aqui.
Sábia amiga sensível, sabe, você me levou nos braços dessa amizade sincera, pra um lugar todinho meu, aonde meu pensamento, de asas abertas, com força e coragem, águia dourada, vem voando perto de Deus. Rumo à Paz que sei ser dentro de mim.
Águia me mostra no meu caminho
Como se pousa longe do espinho
Como se luta por esse mundo
Como se salva esse ninho
E assim... Com a natureza sempre ao meu lado, olhando o céu pude ver que o vento sopra e a chuva cai, as nuvens passam. E que, além do horizonte, no renascer de todas as manhãs bem-vindas, o sol sai, em eterno reciclar de vida.
Sabe amiga, eu aprendi na lida que, o homem (e a mulher) é do tamanho do seu sonho. Esse Fernando em pessoa admira e respeita Fernando Pessoa que, ainda nos ensina: “Segue teu caminho, rega suas plantas, ama tuas rosas o resto é sombra de árvores alheias”.
Café da manhã com meu RAMADÃ de profano (Rafa,Mari e Dani). Homem, mulher,coração. Isto é ser humano.Café adoçado com açucar mascavo.Coração de pai temperando amor.Tudo isso, junto e misturado, com Kobu na folha de bananeira, broa de milho molhada,torta de banana assada. Moro num lugar, todinho meu...Que vida boa!

Sensação prazerosa percorre meu ser. A memória afetiva clareia a lembrança de um momento singular, do encontro marcado desse fernando sabido e seus  três diamantes...Encontrados entre as pedras brutas do caminho que escolhi trilhar, aqui nesse lugar auspicioso, onde a natureza fez cenário emoldurado por lençóis de montanhas, águas vertentes, verde das matas. E o canto matutino da sábia sabiá que, em toda primavera recicla vida, salva seu ninho, entre galhos da jabuticabeira plantada por essas mãos paternas.
Da lavra desse mesmo ser, registrei esse momento lindo. Tantas emoções, já vividas que eu não me esqueci, detalhes de uma vida, história que eu conto aqui e agora.
Gratidão a você, por suas palavras nascidas do ventre da alma, onde habita o amor. Declaração, de mãos sinceras, oriunda desse seu ser que ama o Criador. Deus te abençoe, beijo.

Vamos então, de mãos entrelaçadas, a uma das mais belas histórias que meu coração concebeu.



                                                UM CONTO DE REIS

Na história bíblica, os magos astrônomos vieram até Belém, visitar Um Recém Nascido, montados em ondas sinuosas nas corcovas de camelos e guiados pela luz de uma estrela Unigênita. Investiram doze dias, saindo de um ponto no mapa africano conhecido como Congo. Partiram em direção ao Menino Rei, que sabiam, acabara de nascer. Uma aventura digna de um Indiana Jones. Dormiam e descansavam de dia, sob o sol escaldante do Saara. À noite, viajavam sob luz clara, quando a lua os visitava e também aquela Luz que passou a se chamar Jesus,há muito anunciado. O destino traçado em suas cartas de navegadores exímios, nas dunas do deserto, foi finalmente alcançado.
Dia seis de janeiro é o marco da homenagem dos magos ao Filho de Deus. Trouxeram presentes de grande significado para a humanidade, a reverência àquela Criança Galante. A presença do Amor na Terra, o Verbo se fez Carne e Habitou entre nós, cuja data de nascimento para os cristãos é de vinte e cinco de Dezembro, do primeiro ano de uma nova era.
Nesse Natal, no caminho das pedras que resolvi trilhar e viver a vida que me traz felicidade, o inusitado aconteceu. Três importantes personagens vieram, de também longe, visitar um recém chegado à maturidade, um rei sem reinado e sem coroa. (Duplo sentido positivo, registre-se). De montaria folgada pra todos, um só corcel, negro. Olhos bem claros, quatro patas velozes e redondas, carro ágil. Um Peugeot com a força de leão que transporta mitsu bishi. (três diamantes, pra mim, eternos).
Chegaram à mesma luz do dia que partiram de um ponto no mapa das Minas Gerais, conhecido como Belô. Não precisaram de computador de bordo e nem GPS, para traçar a rota da aventura de volta às origens. Tempos modernos, rapidez e tecnologia, alguns anos, pós Chaplin e sua magia. Carlitos, adorável vagabundo, encantava o mundo com sua luz na ribalta. Mesmo quando não se ouvia o que se passava, pois era mudo o cinema daquela etapa. Investiram parcas horas, depois que partiram em direção ao homem que deu ser à trinca de reis, insigne ficantes nessa gleba. Plantou a semente em fecunda terra, tanto que germinou. O presente apresenta a leitura da boa árvore que produz bons frutos e não abrolhos. Deixa exposta a felicidade da raiz que fica melhor quanto mais envelhece. Trouxeram as presenças que iluminaram a alma do rei sem coroa, o véio, de coração de criança. Sensível, sentiu o verdadeiro espírito de Natal, penetrar em si, como toque de sinos, barroco, a contradição dos presentes imateriais. Música em tom de amor, afeto e carinho, invadiu o peito e os domínios, daquele que balizou limites e com exemplos, mostrou atitudes a serem perseveradas. Uma lágrima alegre escondeu-se em si mesmo, emocionado com o resultado da semeadura daquelas três infâncias que o tempo e os bons ventos souberam transformar, no aqui e agora, esse Natal, num oásis. Um hiato de luz e paz, consoante espiritual, amálgama de afeto, bálsamo de carinho, ponte de amor. Alquimia mais que correta, para aliviar a travessia do deserto que a vida me levou a enfrentar, quando desmoronou nosso lar. Um muro nasceu construído qual solitária para que sem escolha, usasse-a como abrigo.

 
O garimpeiro moderno e os Mitsu Bishes, pra mim, ternos e eternos


Filhos, fiz e farei mais isso,toda vez que meu coração quiser falar com Deus e quem eu achar que mereça me inspirar.Agradeço a vocês pela presença, como trama indelével e imprescindível costurada no enredo de meu peito, por três fios fortes, brilhantes e valentes.Quando estiverem lá longe,na rotina da vida embrulhada na cortina de fumaça da metrópole, lembrem-se do que sempre digo, que sou próspero sem ser rico. Sou feliz, pois tenho o tesouro da juventude em mim. Pude perceber, na boa ventura de acalentar em minhas mãos, os mais belos diamantes que já vi, uma nonada de meu próprio brilho. Vocês são a ramada, a resposta pro futuro, do liame, do radical da minha história. Meu ramadã sagrado que percorre todo o ciclo, entre o alvorecer e o por do sol da minha existência de profano. Sem o jejum e o jeito de ser muçulmano.
Humano algum consegue avaliar tão rico patrimônio. Maior que mil, melhor que um milhão de vezes um conto de réis, dinheiro graúdo no tempo em que o vô Realino,
andava de calças curtas,menino miúdo,na sua Moeda. Mais tarde, encontrou na Capital, o cabedal. Sua bela, cara e coroa, jóia rara, Marina.
            Esse condão de escrever permite que eu faço um conto de reis, da narrativa da visita especial dos três em minha morada, entre as pedras, é meu caminho. Fez lembrar o tempo de semear, bem longe, plantado em minha memória. É uma história que contém o resgate da amizade, do respeito, da humildade. Valores carentes em diversas famílias, esquecidas que o Natal é para ser vivenciado todo os dias, pois que simboliza a presença do Menino Deus dentro de nós.
            Filhos, faço e farei esse desabafo, toda vez que eu quero esse diálogo cara a cara,
ou, tête-à-tête.(como era gostoso o meu francês). Ao mais velho, já residente médico, às vezes céptico, digo que não há mistério. Fica um derradeiro registro que essa produção não é em série, não se trata de um prêt-à-porter, pronto pra usar. Ledo engano, tem corte especial, caimento justo, modelado para encaixe perfeito em coração valente, sensível e simples.
Esse terno de reis que foge ao estilo tradicional,é sob a risca de giz de minha própria tarimba de artesão aprendiz da vida..Qual magma em cordel determinado e resistente,a palavra lava o solo da alma de um pai que ama e não se envergonha de abrir ala pra sua folia.
Esse mimo que fiz com um punhado de letras, cerzidas em ponto e vírgula, é um ofício prazeroso de agulha unindo a linha. Pelas mãos do mesmo artesão que soube reconhecer brilhantes onde dantes existiam pedras brutas que o mestre tempo lapidou.  Carícia singela quais as palmas que ofertei à única filha. É uma prenda, uma dádiva, como quando nos permitimos apreciar os lírios do campo, simples em seus trajes de gala, recheados de flores claras, doados pela mãe natureza. Nem o sábio Salomão e de tamanha riqueza, alcançou vestes tão belas.
É preciso amor de qualquer jeito, numa esquina de Belém ou Beagá. Com rima ou sem, eu preciso amar. A merecida recompensa vem como herança àquele que pratica atos que um dia o levarão a habitar o reino dos céus. 
Agradeço a Deus pela benesse dos dons que me há emprestado, em especial o de ser pai, de Rafael, Mariana e Danniel. Pá e lavra, revelação do meu Ra Ma Dã.

Faladaspedras
  25/12/2009
    Gouveia




    





domingo, 17 de março de 2013

Alma lavada n’água do rio, dança sagrada no fogo da oca



Alma lavada n’água do rio, dança sagrada no fogo da oca
Acostumado no passado, a respirar ar viciado de uma sociedade limitada, poluída e contaminada por dois seres beligerantes e alinhados na mesma comunhão excretora de efluentes. Sob forma de vaso, os dois corações partidos, a circulação nociva retém o conteúdo letal, veneno egóico. Resultado nefasto da ecologia interna: O casamento sumiu na voçoroca, sem chances de recuperação da área degradada. Felizmente emergiu do caos, três estrelas distintas que Deus permitiu sermos os pais que em terra fértil deitou-se a semente. Floresceu hoje, árvores de vida própria que os mesmos pais insistem em ser escora, muleta, espera engessando os movimentos à sombra de aparente conhecimento e à custa de sofrimento dos filhos queridos que precisam sair do ninho e o querem.Alçar vôo solo,mesmo acorrentados aos elos fracos da correnteza de um rio estagnado,água pobre de nutrientes na conduta do ser e podre de ausência de carinho,auto estima e validação. A família permanece unida, no desvario do barco sem remo, sem rumo. Adoecemos na travessia, escorbuto afetivo medra nossas almas, mesmo sendo de pedras o caminho, o banzo nos acometeu cobrindo-nos com seu manto de melancolia cinérea e o chumbo da solidão. . O esteio do navio, cupim comeu, o vaso feminino do amor era vidro e se quebrou. Santa inquisição em pleno XXI, a ferro e fogo não dá! Bebemos do ser, eco do espírito e vivemos comungando o ter: ruído estridente, reflexo do falso brilho do capitalismo selvagem. Tosca ironia de mentes envelhecidas em tonéis de preconceitos, a despeito de inteligentes... Onde anda o amor, minha gente tumbeira?
Eis que me deparo, no marco temporal de minha estação outono, com luzes matinais, sons suaves e naturais, cores magistrais, tingindo o horizonte de arco íris brilhantes, aliança no alto de um paraíso em terra xamãnica: um coração bem “brasil”: fogo ,calor e o tempero do amor.
Ah! A primavera bem-vinda despertou-me criança, alegre e feliz, na dança sagrada na oca e o rufar dos atabaques de mãe d’África, ritmado à batida dos porretes, herança sadia da casa de índio, presente na ginga capoeira maculelê. A benção no rio que não se apressa e me permite lavar os próprios pecados e levar as mágoas represadas em paredes concretas de ressentimento. Por um momento que se registrou na eternidade, eu vivi assim, ser criança é bom demais! Nesse curso natural que permite que rio, como ria quando infante, não tem preço tal alegria.
Os anos de chumbo transmutaram-se, alquimia do amor revelou ouro guardado em minas de meu profundo ser. Minas eu sou gerais, gosto do verde mar, jabuticaba, vento na serra, lençol de montanhas, mais ainda do verbo amar, no afirmativo, no tempo presente, no infinitivo, se eu lá chegar.
Inda quero dizer mais, pois homem que se quer sábio reparte o tesouro guardado em seu coração. Homem de pé, ereto e não rastejante serpente engolindo poeira, agitada em seu caminhar, anuncia a boa nova e revela a senha pra chegar ao coração da Terra, onde brota água da fonte cristalina, vegetal de força e luz: Peça a licença pra penetrar nos encantos à mãe de grau bem, seu amor aos homens bem aventurados é real, eu sou um de seus beneficiários e sou agora bem mais que feliz.
Seio da Mãe Terra jorra amor aos filhos redimidos, Pachamama proteja-me. Nessa Morada da Mãe Divina, reencontrei-me na mesma oca outra vez, ufa! Que gostosura, felicidade do tanto de meu querer. Filho pródigo à casa se abriga. Local sagrado habitado por seres alegres e serenos que renunciaram ao mundo que tanto nos apegamos, seres regidos pelo condão de sabedoria de mãe abnegada, maestrina do feminino amor.
Registro dessa maneira, sincero e sensível, as impressões de um caminhante em busca de si, em visita ao seu mundo interno, durante quatro dias que fomentaram um alicerce íntimo de cimento especial denominado Amor. Admito serem os primeiros quatro dias do resto de minha vida, em um admirável mundo novo e intestino, coração com mais virtudes, ainda vacilante, com desejo forte em ser um homem de fé, um homem de pé...
Fernando Linhares – alvorecer do dia18/10/2011

FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA E O MEU CORAÇÃO SE DEIXOU LEVAR





                                 Água é vida

                                                                      “Yo soy água por el derecho humano al água”
                                                                                      Palavras de um delegado equatoriano, em                                conferência ocorrida no Fórum Mundial das Águas - Marseille’12-França
                                                                                    “A água não deve ser mais rotulada como primo          pobre, em parlamentos de discussão global”. Mikhail Gorbachev, fundador e presidente da Green Cross (ONG ambientalista), em seu discurso para o mundo, na cerimônia de abertura do 6TH WORLD WATER FORUM.


Vivemos nessa Terra, planeta água,em 2/3 de sua extensão,tudo azul!Sabemos que não é bem assim, somente 0, 008% de todo este recurso hídrico é de qualidade própria para consumo e mais: o Brasil retém 12% do montante de água potável do globo."Nossos recursos naturais são abundantes, não significa dizer que, infinitos.Nossa luta é interna", é cultural e... tome educação ambiental por várias gerações, para que as próximas possam usufruir deste patrimônio ambiental difuso.
Ao término do Sexto Fórum, em Marseille, as autoridades mundiais, redigiram um protocolo de intenções para ser objeto de estudo e reflexão temática, no importante evento a ser realizado em junho, na cidade maravilhosa, Rio + 20.
Investir nessa viagem fez mudar paradigmas, ampliar meu olhar sobre o mundo, contextualizar, aumentar a massa crítica, ousar e porque não, concretizar sonhos sonhados, compartilhados.
             Após algumas reflexões e estudos chego à conclusão que pertenço a um singular grupo de pessoas que, pela consciência ecológica posta em prática está  inserido no conceito de “pensar globalmente e agir localmente”. No contemporâneo, isso se traduz em: Cidadão Planetário, felizmente grassa aos milhões, nesse mundo plural.

 
                                                      Parabéns a todos nós, participantes da comitiva brasileira do Consórcio Intermunicipal PCJ, das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí que tem assento no colegiado de cidadãos planetários.
                                                     Agradeço aos diretores executivos deste atuante Comitê de Bacia, a nossa inclusão social nesse evento de tamanha magnitude ambiental.
                  
                                                                                   
 Fernando Linhares
 Presidente da Coopita
Cooperativa dos Extratores de Pedra da Serra do Espinhaço Ltda.
Única representante brasileira no segmento cooperativista, junto aos 240 delegados oficiais credenciados, no Pavilhão Brasil, no 6TH WATER WORLD FORUM-FR. 
 22/Março/2012


Eu tenho medo, da gangorra insana que me despencou criança, do paraíso ao caos.





                     DAS BRUMAS DO MEDO À CLAREZA DO AMOR

Eu tenho medo, da gangorra insana que me despencou criança, do paraíso ao caos.
Eu tenho medo, pois recém nascente sou, sol caleidoscópico em primavera de um frenesi catártico, metaforizado em sutil “butterfly blue”, vôo leve, asa delta na serra da Chapada dos Veadeiros.
Eu tenho medo, depois que meu corpo denso, com a fala esquizofrênica, caiu na contra mão, atrapalhando o trânsito das idéias fluídas.
Eu tenho medo, pois que, meu par amado de asas da saúde e de DNA sucessor, oscila na ponta do cristal da mania, até a sombra labiríntica da depressão.
Eu tenho medo, pensam que são fortes e ainda não o são, sãos.
Eu tenho medo, lidam com a saúde medicina, divorciada do segredo secreto, de seu sagrado coração.
Eu tenho medo, aprenderam a curar doenças, sem a perspicácia saneante de feridas emocionais.
Eu tenho medo, de quem se concedeu à autoridade da fala descabida, fruto da febre da Rosa de Hiroshima, flor negra que medra na lama do asfalto e seu húmus é o estresse da cidade que cresce exponencial, mas somente na linearidade ínfima da potencialidade do “homo erectus”, tido por sua própria conta como: ”sapiens, sapiens.”
Eu tenho medo que adoeçam, na vã tentativa de curar a impaciência dos pacientes, em si, internados.
Eu tenho medo que desconheçam que mentes brilhantes “soi-disant” qual estrelas, sem a conexão direta com o coração, se ofuscam e morrem.
Eu tenho medo que invertam o brado e passem a ordenar e desrespeitar a quem lhes trouxe “grácias à lá vida”, em total ausência de eutimia ao Espírito Criador, presença onisciente nessa cosmo gênese tão bem equilibrada e sutil e que nos é lição da “anatomia”universal,simples,bela e de poder infinito. 
Eu tenho medo que, aprisionada em torres de orgulho, caixas cranianas qual muralha chinesa, sua elevada ciência acumulada em diques de conhecimento acadêmico caia em cova rasa e feneça. Sem antes florescer, no latifúndio da sabedoria que emana do Divino e habita o humilde e humano.
Eu tenho consciência que a experiência da dor que me acompanhou por dezenas de anos foi professora e promissora, na segura demarcação de minha sanidade, pois na minha identidade há o pertencimento das digitais do Amor, Deus o é e seu dedo, a tudo cura.
Eu tenho certeza que o Amor humaniza,lubrifica,tonifica, qualifica e assim, é simbiose proativa entre os seres que dessa forma o querem. A forma é a ordem, o amor é conteúdo.
Eu tenho clareza que o amor é antídoto para a escuridão dos males de todas as naturezas, a Mãe Terra plantou em nós, em profundidade acessada somente pelo espírito e na medida do merecimento, possamos colher luz para afastar as brumas, neste caminhar vacilante no negro da noite, nesse planeta ainda azul.
Gouveia, madrugada de 18 de Outubro de 2011.
OS - Amanhã levantar-me-ei sem dor, sem mágoas, sem ressentimentos.
“Perdoai-os Pai, eles não sabem o que fazem.” Lucas, Novo Testamento.