O BURRO SOU EU
Nessa minha tradução livre, dessa fábula enviada do outro
lado do mundo, por meu amigo, Seung Yang, natural da Coréia do Sul, sede do
Fórum Mundial das Águas- World Water
Forum em 2015). Assim como eu, (pacato vivente nesse rincão mineiro) somos cidadãos
planetários, nomeados pela ONU, através de seu Secretário Geral, senhor Bani I
Moon (também, sul- coreano), quando de seu discurso de abertura do WWF de 2012,
em Marseille- França exortando aos delegados de 192 nações unidas, na qualidade
de vida e sustentabilidade ambiental, à
responsabilidade social de zelar efetivamente (cada um em sua aldeia) e de
forma coesa, pela ÁGUA , nessa Aldeia Global que denominamos Terra.
Cidadãos planetários, anônimos e solidários contribuem com
sua pá (ferramenta) e lavra (conhecimento), unindo o esforço individual (por
meio da palavra), facultada ao único animal que fala (Homem), ao benefício do
coletivo, na comunidade onde vive e compartilha.
Essa metáfora do
burrinho no fundo do poço caiu como luva (em parte) da minha história. Já velho (o burro), submisso à vontade de
seu dono foi enterrado vivo, com o auxílio dos vizinhos), às custas de várias
pazadas solidárias (hahahá!)
Para surpresa geral, o inteligente animal, pisoteou cada pá
de sujeira que lhe veio às costas. Com suas patadas certeiras superou a
trincheira e com o lixo a seus pés fez degrau ascensional. Legal! Levanta,
sacode a poeira e deu a volta por cima. A estupidez coletiva abriu a tampa do
fosso, pra ver o bicho morto e... Zás! Liberdade, liberdade, abre as asas sobre
nós!
O burrico esperto e já liberto se escafedeu! ...
Hoje, metamorfose ambulante, vivo esse momento, (à lá, Dom
Quixote, seus sonhos & moinhos de ventos). Contudo, água mole fura pedra
cavucando com paciência que é a ciência da paz. Transito em Parlamento
comprometido com toda a Humanidade e compartilho ações de desenvolvimento
sustentável, em Fôro Mundial.
Transfiro a metáfora,
agora, à pele do sertanejo que vive labutando, sob sol forte, no interior da
aldeia que vivo. Ser que há pouco sobrevivia na periferia das grandes cidades
brasileiras desagregado da família vivendo vida de gado. Hoje mora próximo à
pedreira, seu único sustento, em seu habitat natural. “Tirando leite das
Pedras”, agregando renda, vendo seu filho crescer, no ideal de ser feliz.
Essa realidade está abortada porquanto uma ação
fiscalizadora de órgão ambiental estadual, estimulada por denúncia anônima fez
cumprir a iminente paralisação, sem o necessário prazo de correção do passivo
ambiental. Isso perdura há sete anos, pois que a burocracia emperrou o fluxo do
trabalho artesanal, atividade considerada “menina dos olhos” do Governo
Federal, no ativo das políticas sociais que privilegiam a fixação do homem no
campo, de conformidade às palavras proferidas pela Ministra do Meio Ambiente,
senhora Isabella Teixeira, também presente ao Fórum Mundial das Águas, em
França, Março de 2012.
Na moral! Prefiro sim, passo a passo, degrau por degrau,
continuar a agir em prol do social (essa é minha pá solidária), na condição de
Conselheiro do Comitê da Bacia Hidrográfica dessa região de Minas Gerais.
Agregar renda às famílias do entorno da jazida mineraria cuja paralisação,
carreia aos trabalhadores inativos da Cooperativa de Pedras- COOPITA, um grave fardo,
às suas costas. Degradação humana que algema o principal ator social e o
impede, por seus próprios meios, a pisotear a ação equivocada dos agentes
legais e promover sua ascensão e alforria. Alcançar assim, com a liberdade de
seu trabalho cooperativo, o patamar da cidadania e dignidade conquistadas por
mérito pessoal e alijadas das esmolas e oferendas oriundas dos “currais
eleitorais” fecundos em palanques politiqueiros, às vésperas de pleito, moscas
sanguessugas em lombo de animal trabalhador.
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