domingo, 17 de fevereiro de 2013

"ENSINA-ME A VIVER"...DE SUL COREANO PARA SUL AMERICANO



                                        O BURRO SOU EU


Nessa minha tradução livre, dessa fábula enviada do outro lado do mundo, por meu amigo, Seung Yang, natural da Coréia do Sul, sede do Fórum Mundial das Águas-  World Water Forum em 2015). Assim como eu, (pacato vivente nesse rincão mineiro) somos cidadãos planetários, nomeados pela ONU, através de seu Secretário Geral, senhor Bani I Moon (também, sul- coreano), quando de seu discurso de abertura do WWF de 2012, em Marseille- França exortando aos delegados de 192 nações unidas, na qualidade de vida e sustentabilidade ambiental,  à responsabilidade social de zelar efetivamente (cada um em sua aldeia) e de forma coesa, pela ÁGUA , nessa Aldeia Global que denominamos Terra.
Cidadãos planetários, anônimos e solidários contribuem com sua pá (ferramenta) e lavra (conhecimento), unindo o esforço individual (por meio da palavra), facultada ao único animal que fala (Homem), ao benefício do coletivo, na comunidade onde vive e compartilha.
 Essa metáfora do burrinho no fundo do poço caiu como luva (em parte) da minha história.     Já velho (o burro), submisso à vontade de seu dono foi enterrado vivo, com o auxílio dos vizinhos), às custas de várias pazadas solidárias (hahahá!)
Para surpresa geral, o inteligente animal, pisoteou cada pá de sujeira que lhe veio às costas. Com suas patadas certeiras superou a trincheira e com o lixo a seus pés fez degrau ascensional. Legal! Levanta, sacode a poeira e deu a volta por cima. A estupidez coletiva abriu a tampa do fosso, pra ver o bicho morto e... Zás! Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!
O burrico esperto e já liberto se escafedeu! ...
Hoje, metamorfose ambulante, vivo esse momento, (à lá, Dom Quixote, seus sonhos & moinhos de ventos). Contudo, água mole fura pedra cavucando com paciência que é a ciência da paz. Transito em Parlamento comprometido com toda a Humanidade e compartilho ações de desenvolvimento sustentável, em Fôro Mundial.
 Transfiro a metáfora, agora, à pele do sertanejo que vive labutando, sob sol forte, no interior da aldeia que vivo. Ser que há pouco sobrevivia na periferia das grandes cidades brasileiras desagregado da família vivendo vida de gado. Hoje mora próximo à pedreira, seu único sustento, em seu habitat natural. “Tirando leite das Pedras”, agregando renda, vendo seu filho crescer, no ideal de ser feliz.
Essa realidade está abortada porquanto uma ação fiscalizadora de órgão ambiental estadual, estimulada por denúncia anônima fez cumprir a iminente paralisação, sem o necessário prazo de correção do passivo ambiental. Isso perdura há sete anos, pois que a burocracia emperrou o fluxo do trabalho artesanal, atividade considerada “menina dos olhos” do Governo Federal, no ativo das políticas sociais que privilegiam a fixação do homem no campo, de conformidade às palavras proferidas pela Ministra do Meio Ambiente, senhora Isabella Teixeira, também presente ao Fórum Mundial das Águas, em França, Março de 2012.
Na moral! Prefiro sim, passo a passo, degrau por degrau, continuar a agir em prol do social (essa é minha pá solidária), na condição de Conselheiro do Comitê da Bacia Hidrográfica dessa região de Minas Gerais. Agregar renda às famílias do entorno da jazida mineraria cuja paralisação, carreia aos trabalhadores inativos da Cooperativa de Pedras- COOPITA, um grave fardo, às suas costas. Degradação humana que algema o principal ator social e o impede, por seus próprios meios, a pisotear a ação equivocada dos agentes legais e promover sua ascensão e alforria. Alcançar assim, com a liberdade de seu trabalho cooperativo, o patamar da cidadania e dignidade conquistadas por mérito pessoal e alijadas das esmolas e oferendas oriundas dos “currais eleitorais” fecundos em palanques politiqueiros, às vésperas de pleito, moscas sanguessugas em lombo de animal trabalhador.

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